Quando leio/vejo notícias sobre mulheres que, por capricho, armazenam centenas de pares de sapatos, de todas as cores, de todos os modelos, marcas e valores e, depois, precisam de armários enormes para guardá-los, vem-me à mente as imagens de Madre Teresa de Calcutá que passou a vida usando sandálias grosseiras, feitas de couro puído. Sandálias que deixavam os pés à mostra, cheios de poeira, de calos, de dor... Com elas, sem reclamar, caminhava longas distâncias ao encontro dos necessitados. Bastava-lhe um par. Sempre o mesmo, de ontem, de hoje, de amanhã... Sandálias que se gastavam, passo a passo, no chão de terra das pobres comunidades pobres. Madre Teresa não tinha sapatos bonitos, coloridos, de salto alto. Bonito era seu coração bondoso e santo.
Como são belos os pés de quem promove a vida e anuncia a paz.
Como são belos os pés de quem promove a vida e anuncia a paz.