UM MESSIAS POLÍTICO.

O Brasil necessita, precisa urgentemente de um messias político. Vi hoje um economista-sociólogo de monta, afirmar que pelos elementos da equação geral, globalizada a visão, a crise que atravessamos, e está no inicio, sendo elástica, irá se agravar, e teremos a pior crise da história do Brasil. Concordo. Não ouvi novidade. Faltou dizer alguma coisa.

Por que será a pior? Não só pelos entraves econômicos ocorrentes (que no segundo semestre de 2016 podem melhorar), nem interessa se A ou B, ou as forças políticas em grupo deram causa ao fato.

Todas as concorrentes políticas – e isto decorre do fenômeno social – foram base do que ocorre. Entre os vários fatores está no cerne das consequências a corrupção. O custo da corrupção é altíssimo, propinas embutidas no preço final com “pequenos” multiplicadores em gigantes bases de cálculo;preço das obras.

Não só faturamentos aumentados ou obras inacabadas, ou serviços pagos não efetivados, o que se compra de bens e são relegados ao abandono é de enorme universo.

Toda a corrupção que vem ocorrendo no Brasil, nas várias gestões, com mais ou menos intensidade, como a surpreendentemente gigantesca e atual é a grande mola desestabilizadora, pois além de usurpar evita o crescimento por investimentos parados, desemprega,avilta iniciativas de produção,sonega impostos,etc.

O que há de mais grave ao ensejo e traz revolta mais expressiva, e faltou dizer na entrevista, é de ordem emocional-material. Isso se manifestará fortemente, o que já aflora e explode, nas visíveis repulsas públicas.

As pessoas sem acesso anterior passaram a ter acesso pela estabilização da moeda principalmente, que permitiu planejar uma vida melhor, e pela obtenção de maior distribuição de renda aliada ao crédito facilitado viver um maior conforto e dignidade a que todos têm direito. Tudo isso será abortado, todas essas possibilidades. É um grande trauma.

As classes de menor renda que viram sonhos concretizados passarão por pesadelos. Esse o grande vetor de grandes mudanças, será inexorável, o fator tempo é que torna imprevisível o “quando?”.

Quem está acostumado ao menos e sai para o mais, vive o sonho, voltar para o menos significa falir, e a falência, o nome antes referido diz, é pesadelo, falência é gerada pela ruína e acarreta todas as sombras. O emocional é agredido de forma violenta e a vida reage de variadas formas, por vezes as menos desejáveis, conta a história.

O que temos em termos de liderança política é a conhecida “copa e cozinha” de sempre, ou seja, cabe o jargão “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

Uma estrada sem muita luz no final. Qual final?

Precisamos de um Messias Político. Que ao menos seja sério, aquela seriedade que ninguém pode colocar dúvida. Que não possa controlar um Estado, ninguém pode, nem mesmo controlar uma centena de funcionários, mas que respeite a lei, não se intimide em punir e fazer punir os corruptos e de forma alguma celebrar acordos que não sejam de interesse da coisa pública. Será que o Brasil terá essa sorte? Difícil....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 31/05/2015
Reeditado em 31/05/2015
Código do texto: T5261940
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