QUANDO O AMOR É BRILHANTE.
O brilho, a luz do brilhante vem da lapidação da pedra bruta. É faiscante,profundo, invade os olhos, afaga a mente, apura o tato, devora a visão.
O diamante se torna brilhante pela lapidação esmerada, conquistada essa arte por lapidadores que se entregam a uma especialização por toda a vida. Um erro no corte além de retirar todo o esplendor do brilho final, ausente de luz plena, resulta em defeito da pedra definitivo. Necessita das necessidades de ver a luz final integral sem qualquer sombra. Sou um curioso dessa arte e posso identificar um bom brilhante, um branco extra que cintila extraordinariamente seja qual for o quilate, ou seja, o peso. Já pude acompanhar o esmero e a delicadeza da atividade em centros de excelência da retirada dessa luz do silêncio das sombras para o brilho.
Estava escondido o brilho que se fez máxima luz ao surgir das mãos preparadas de quem o brilho soube extrair na paciente espera. É assim o amor.
Tanto se fala em amor, tanto se lê sobre o amor, tanto se canta o amor. Qual amor? O que está visível, declarado, conjugado, partilhado, sofrido. São amores comuns..... Seus sabores são conhecidos. Há uma fome pequena nesses rituais corriqueiros dos amores encontrados.
O amor maior está escondido sob o brilho da emoção, suas arestas resplandecem ao acaso, como cortes no diamante, são sentidas e vividas, alcançadas quando passeiam na aleia dos ventos, soprando longe seus véus e perfumes, devorando o brilho das luzes para refletir a saga do coração silente. Como o diamante espera para virar brilhante.