A FÉ E A IGREJA.

“Ter fé é acreditar naquilo que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita.”Santo Agostinho

Escrevi em momentos diletantes que “A fé não precisa da Igreja, a igreja precisa da fé.”

Se o homem tem fome de saber no curso de sua vida, como surgiu e como desaparecerá, intrincadas e insuperáveis perguntas, e fez desse tema a razão de sua fé, de sua crença em uma outra vida, necessária ao pensamento arguir, buscou essa possível transcendentalidade através das crenças, a maioria cristãs.

Acenou para as instituições que representam o Cristo.

Poucos percebem que Cristo entrou uma única vez no Templo de seu Pai, e entrou para expulsar os vendilhões do templo, os mesmos vendilhões que hoje fazem política e cometem crimes na Casa de seu Pai, e que também fizeram tempos atrás na igreja tradicional cristã em seu nome, sem graves máculas, mero Poder Temporal que se confundia com a Igreja e por ela era exercido.

Na ordem temporal muitos crimes inexplicáveis foram cometidos como a morte de muitos cientistas pelo Santo Ofício, a conhecida inquisição na nomenclatura popular. O que foi crime ontem por esse mesmo princípio do tempo, não seria mais hoje, faz parte de um sistema penal geral, mesmo dentro de credos, como excomunhão e outras penas.

Imagine-se hoje determinar-se por DNA, ácido ribonucleico, o inicio da concepção pelo encontro de dois gametas e a identificação da ascendência como fez Francis Collins, um grande avanço na ciência, seria criminosa interferência na vontade de Deus. É assim que funciona o tempo diante das instituições e suas condutas de apenação.

Comprar minha entrada no céu ou tirar parentes meus do purgatório já foi possível. Era institucional.

“Eu sou a porta. Quem entra por Mim será salvo. Entrará e sairá e encontrará pastagem” (Jo 10, 9).

Com intenção de lembrar isto aos fiéis, Martinho V abriu pela primeira vez a Porta Santa da Basílica do Latrão como marco inicial do Jubileu de 1423. A fantástica Basílica de Latrão, onde está a Escada Santa na qual Cristo subiu para ser julgado por Poncio Pilatos, levada da Judeia para Roma pela mulher do Imperador Constantino, que instituiu oficialmente o Cristianismo em Roma, escada que pode ser galgada somente de joelhos pelos fieis que lá se aglomeram nos dias atuais durante todo o ano.

Somente em 1499, esse costume de abrir as portas foi estendido à Porta Santa da Basílica de São Pedro, por desejo de Alexandre VI.

Em 1500 Alexandre VI quis abrir também a Porta Santa da Basílica Vaticana e determinou que esta deveria ser aberta primeiramente e marcar o início dos Jubileus, seguida pela abertura das Portas Santas das outras três Basílicas Maiores em Roma.

As verdades que se aplicam na bela tradição de abrir Portas Santas e passar por elas, implicam em indulgências até hoje, sem que exista a cobrança anterior. São os sinais do tempo, da temporalidade referida nas normas.

A passagem representa ir ao Cristo, ou seja, ninguém tem acesso ao Pai senão por Ele, designação feita por Ele mesmo.

A Porta Santa do Vaticano era uma simples porta de serviço, ao lado esquerdo da fachada da Basílica. Para ampliá-la e transformá-la em Porta Santa, foi necessário demolir uma capela decorada com mosaicos e que fora dedicada à Mãe de Deus por João VII.

Ir ao templo é importante, para receber a representação do sangue e do corpo de Cristo, como formalizado no Milagre de Lanciano, Toscana, Itália, para quem assim o deseja, ou passar pelas Portas Santas no tempo do Jubileu, é da tradição, mas sem esquecer que a instituição foi criada pelo homem, e muitos há para os conhecedores da história que merecem a representação do Cristo, como os Papas recentes e o atual Francisco, e muitíssimos outros "religiosos" existem que nem seu nome devemos pronunciar, como pedófilos e os que fazem politicagem na instituição.

Quando o próprio sucessor de Pedro, Papa Bento XVI criticou fortemente a Igreja para restaurá-la, e renunciou por este motivo, sabem os vaticanistas, e em prática a desejada restauração foi iniciada por Papa Francisco, quem ousa levantar a voz contra a crítica daqueles que buscam PELA FÉ, a salvação. Só o anjo negro desconhece a fé que critica para enaltecer o corpo, a raiz que apodrece.

“A fé não precisa da Igreja, a igreja precisa da fé.”, repito. É da Fé que ela viveu, surgiu dos Primeiros Cristãos, vive e sobrevive, e sobreviverá para sempre sob a Lei Moral do Cristo. A Fé são as Portas Sagradas sempre abertas para quem vigia o Santo Nome de Cristo e sua Mãe com sinceridade e verdade no coração.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/05/2015
Reeditado em 27/05/2015
Código do texto: T5256518
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