PIONEIRISMO

Mais uma vez Pernambuco sai na frente para sistematizar o uso do telefone celular e normatizar (e a seu tempo solucionar) um dos maiores conflitos da atualidade.

É inegável a utilidade do aparelho celular no estágio de desenvolvimento social em que estamos.

Não se admite mais que uma pessoa viva à margem da tecnologia que disponibiliza toda sorte de facilidades tanto para a comunicação de pessoa para pessoa como para grupos, nas conhecidas teleconferências, como para o acesso às informações de quaisquer naturezas.

Mas, como tudo na vida, há que se adotar um meio termo, “nem tanto ao mar, nem tanto à terra” como preconiza a sabedoria popular, pois ao mesmo tempo em que o celular facilita a comunicação à distância, impede a comunicação cara a cara.

É bem conhecida a fotografia de várias pessoas, sentadas ou numa sala ou em torno de mesas, todas conectadas com seus aparelhinhos, mas incrivelmente sós, porque as pessoas ao alcance de suas mãos “parecem” ausentes.

Esse fenômeno dá-se também em colégios e o que é mais preocupante, dentro das salas de aulas, onde o aluno (de forma passiva) precisa manter toda atenção na explanação do problema e das possíveis soluções, para depois, só ou em grupo, fazer a construção do conhecimento (de forma ativa) em obediência à grade curricular de cada nível do ensino formal.

Entretanto é cada vez mais corriqueiro que os telefones celulares roubem a atenção dos alunos, que suas chamadas, jogos, ou músicas interfiram na concentração, tanto do proprietário do objeto como nos colegas presentes, gerando conflitos entre alunos e professores que muitas vezes degringolam em agressões físicas.

O governo de Pernambuco publicou no Diário Oficial do Estado do dia 24 deste mês, a Lei 15.507 de 21.05.2015, que proíbe o uso do telefone celular dentro das salas de aula nas escolas públicas ou privadas.

O aluno poderá portar o aparelho, mas ele deve estar desligado.

Os hipócritas de plantão do “politicamente correto” fatalmente irão dizer que se trata de medida arbitrária, que é resquício do coronelismo e da ditadura militar, que tolhe o direito das pessoas e outras sandices, mas é medida adequada para por fim nos embates entre professores e alunos e acima de tudo ressalta a valorização do ensino/aprendizado, tantas vezes espoliados e desconsiderados em nosso país.

Parabéns ao governo de Pernambuco.