Mensagens que edificam - 55

Crer para sobreviver. Assim tem sido a realidade de muitas gente. Uma necessidade mórbida se apossou de mentes e corações fazendo com que muitas, ou porque não dizer, a maior parte da humanidade tenha que estar sob o domínio de um principado religioso para que assim possam dar satisfação, a começar pelas suas próprias consciências de que estão bem e em paz com Deus. Infelizmente o que deveria ser libertação é na verdade a monstruosa sombra de uma opressão que delimita toda e qualquer possibilidade de que alguém não tenha uma real experiência com qualquer processo de julgamento e condenação, quando não somos arguidos de absolutamente nada, ao contrário, o autêntico tribunal está dentro de cada um de nós, e este se chama consciência. Crescemos em ambientes onde sempre ouvimos da necessidade de nos libertarmos das prisões do pecado, impostas pelo afastamento do nosso Criador, e assim experimentamos de facto as primeiras algemas das vãs filosofias. À medida que o ser humano mergulha neste mundo mais percebe que os grilhões ficam mais fortes e as cadeias mais fortificadas. O sistema é bruto e cruel, e preparou todo um cenário para impor à todos um irreal sentimento de culpa, e reservar para cada um uma cadeira especial cujo ocupante saiba que é réu. Quanta ignorância no meio de toda essa desinformação. Quanta maldade num universo de convívio planejado onde o pão que alimentou o povo está contaminado e o circo que foi a diversão contou uma piada sem graça e de mau gosto. Já ouvimos também que uma mentira dita muitas vezes acaba se tornando uma verdade, mas para quem não se conforma com a injustiça a mentira será sempre a mentira e nada mais que a mentira e a verdade será bem vinda, mesmo que esta seja dolorida. E doa o que doer, não importa o quão profundo seja o corte, antes a vida, mesmo que curta, do que a indesejável morte, compreendendo que cada vez que alguém é enganado é como se sobre esse sobreviesse a mais malgrada sorte. O segredo é não mesmo contar com esta tal sorte, ficando evidente que quem espera pela sorte é quem se deita no leito da indolência e se espreguiça na cama da ociosidade, portanto vale a pena não contar com o destino, mas se esforçar para que tenha o salário, não dos salafrários, mas dos que encontraram no saber a satisfação e a coerência de um sábio viver, sem culpa e sem condenação.