DONOS DA RUA
Ninguém ignora que, no Brasil, violência e atos de selvageria são a triste rotina que castiga as pessoas de bem. Não poucos cidadãos são vítimas diretas dessa dura realidade, outros amedrontam-se pelos noticiários, sabendo que podem ser o próximo alvo de criminosos.
Ontem, no Rio, um medico foi morto de modo estúpido num assalto. Já andei muito pela orla da Lagoa Rodrigo de Freitas quando lá morava. Caminhava sem medo, mas hoje não andaria mais se estivesse sozinho. A violência está aumentando.
Há dois meses, um sobrinho meu foi assassinado em situação semelhante, no estado de Tocantins. Estava de moto, tiraram-lhe a moto e deram-lhe dois tiros. Havia um menor junto.
Já estamos na situação em que a rua é lugar de bandido. O cidadão que sai de casa deve estar consciente de que está invadindo o espaço do malfeitor, do batedor de carteira e do esfaqueador. Rua é campo de batalha, salve-se quem puder.