Em uma tarde qualquer.

À sombra de frondosos coqueirais, vislumbrei o imenso mar azul do cálido litoral de minha pacata Aracati. No céu de cor de anil não se via qualquer nuvem porém gaivotas roubavam o meu olhar ao voarem majestosamente acima da linha do horizonte. Notei ainda que vegetação arbustiva espraiava-se em grande vivacidade de tons verdes. Sentei-me sobre o velho chinelo que calçava, apoiei minha coluna no tronco de um coqueiro servindo-me de cômodo espaldar e peguei um pequeno livro dentro de minha bolsa. Comecei a lê-lo por tempo não mensurável, Suas páginas eram irresistivelmente emolduradas de tramas fantasiosas ambientadas em tempos de outrora e os arroubos retóricos empregados ambientavam-me em um cenário onde realidade e fantasia se confundem. Quando finalmente me despertei do deleite literário, olhei para o lado esquerdo e notei que o sol dava o seu adeus.

Caio Ferro
Enviado por Caio Ferro em 17/05/2015
Reeditado em 17/05/2015
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