A FÉ

Obs.: Uma crônica para falar de fé.

Há alguns meses, numa certa noite, um grupo de católicos veio à minha casa fazer um encontro. A minha mãe é católica. Mesmo eu não sendo mais dessa igreja, eu jamais desejarei que a minha mãe deixe de fazer parte do catolicismo. Eu procuro fazer aos outros o que eu desejo que os outros façam a mim e evito não fazer o que eu não quero que façam comigo. Nessa noite, pediram que eu lesse o Evangelho. Eu fiz a leitura com muito amor e satisfação. Depois, pediram que eu comentasse. Eu fiz o comentário. Na verdade, eu sinto que os católicos simples e humildes gostam muito de mim, principalmente as senhoras idosas.

Ontem, eu estava no meu quarto, estudando, como sempre. É nele que se encontram a minha biblioteca e o meu computador. De repente, chegou um casal jovem evangélico. O homem e a mulher queriam conversar com um sobrinho meu. Eles disseram que, da primeira vez, o meu sobrinho disse não poder conversar por estar ocupado. Pediu que eles viessem depois. Perguntaram, desta vez, se podiam conversar. O adolescente respondeu sim. Como eu havia saído do meu quarto para ver quem estava lá fora, eu ajudei a colocar as cadeiras para que os evangélicos se sentassem e ficassem à vontade. A voz do homem era branda. Ao ler (o homem) alguns versículos, eu, de forma cordial, lhe fiz algumas perguntas, para saber o que ele responderia. As respostas vieram também de forma cordial. Ao ler (o homem) um trecho de um livro, eu reconheci que ele pertencia às Testemunhas de Jeová. Perguntei, e ele respondeu sim. Depois, eu disse que eles podiam ficar conversando à vontade com o meu sobrinho. Voltei ao quarto.

Quase todos os meus amigos são católicos. Tenho amigos evangélicos. Uma pessoa, por quem eu tenho uma grande admiração, deixou de ser católica e passou a ser evangélica. Eu não posso, pois, não quero, nem irei desrespeitar a fé de católicos, nem de evangélicos. Não posso, não quero, nem irei desrespeitar a fé de quaisquer pessoas que sejam de outras religiões.

Certa vez, a Escola José Neiva, pela qual eu tenho um grande apreço, a minha escola preferida, quando aluno e professor, em Pastos Bons, fez um projeto religioso. Havia um pastor que era meu aluno. Eu, sem nenhuma dificuldade, visitei, com alguns alunos meus, a igreja onde esse outro aluno é pastor, um bom homem. Gostei da recepção.

Escrevi esta crônica para mostrar que eu respeito a fé das pessoas. Jesus enviou seus discípulos para o mundo. Eu não tenho nem quero ter o direito de impedir que uma pessoa entre na minha casa, principalmente se estiver para falar sobre Deus. Eu jamais deixarei de acreditar em Deus. Eu não seria nada sem Ele. Eu ouvirei qualquer pessoa que vier a mim para conversar a respeito de Deus. Não me exibirei, nem aceitarei que alguém se exiba diante de mim. Eu sinto que a minha fé está aumentando a cada dia. Quero apenas ser respeitado, porque eu respeito a fé de todo mundo.

Chamar alguém de ateu, porque esse alguém não frequenta uma igreja, revela pobreza e imaturidade espiritual e intelectual de quem assim o chama, principalmente se vier de um sacerdote.

Espero ter concluído este aspecto sobre a fé.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 16/05/2015
Código do texto: T5244029
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