IDEOLOGIA PARA QUÊ SE O FISIOLOGISMO É MAIS FORTE?
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Ou o partido é de apoio incondicional ao Governo ou é contra o Governo, de forma moderada, em nome da governabilidade do país, seja lá qual o partido que esteja exercendo o poder. Não pode e nem deve fazer parte de uma colisão de apoio, pensando em seus próprios interesses corporativos, exigindo cargos depois de aprovar medidas controversas como compensação pelo “esforço”. Comprovo que a ideologia não existe mais; foi substituída pelo fisiologismo puro e simples, com partidos políticos que se dizem da base de sustentação ao Governo, sendo também fisiologistas. O Governo aprovou os ajustes fiscais relativos à aposentadoria, mas em troca de mais de 30 cargos no Governo.
Com isso, chegará o dia em que Dilma Rousseff terá que criar cargos para colocar indicados entrando “pelo ladrão”, sem concurso público, só pela força do QI (Quem Indicou) e saindo como “ladrões”, como vem ocorrendo ultimamente na Petrobras. Foi, no mínimo, ridículo o pedido de mais de 30 cargos no governo, feito pelos partidos que votaram a favor da medida em favor da Previdência Social.. No mínimo é ridícula, também, essa força do fisiologismo descarado que continua se mantendo e se perpetuando! Se foi justa ou injusta a aprovação, é discutível em muitos aspectos! Mas à total falta de comprometimento com a governabilidade do país foi bem pior! Ideologia para quê, se a força do fisiologismo político continua sendo a prática mais comum de todos os partidos políticos de sustentação ao Governo da presidente Dilma Rousseff. É mais ridículo, ainda, é líderes políticos que representam partidos tidos de oposição e defenderem os trabalhadores, anunciarem publicamente, falando direto aos interessados, que “ficaremos ao lado dos trabalhadores e votaremos contra essa medida que retira benefícios do trabalhador”. Mas será que no caso do Seguro-Desemprego, retirou alguma coisa dos trabalhadores mesmo, ou só vai melhorar o mercado de trabalho?
Demagógicos, sem ideologia ou postura de brasilidade, os partidos fisiologistas talvez tenham aprovado o Ajusto Fiscal do Seguro-Desemprego com uma pequena margem de votos, porque tinham a certeza que poderiam chantagear o Governo em troca de cargos ao aprovarem o resto das medidas, mas como ex-presidente da Comissão Estadual de Emprego, no Amazonas, analiso que se retirou votos de partidos demagogos que supostamente falam em nome dos trabalhadores e votam em bloco por lideranças partidárias, melhorará o mercado de trabalho porque muitos trabalhadores, com ou sem cursos oferecidos pelo FAT, estavam retornando ao mercado e não permitindo que seus empregadores assinassem suas CTPS, só para continuarem recebendo o benefício do Governo e, também, das contratantes, como se fosse serviços prestados, de forma autônoma.
O aumento de prazo para a concessão do benefício do seguro-desemprego também foi positivo porque reduzirá a rotatividade de mão no mercado de trabalho, com pedido de acordo depois de 90 dias. Garanto isso como empregador também: era mais fácil receber o seguro-desemprego e depois “arranjar um bico por fora”, do que desempenhar uma atividade com carteira profissional assinada, tendo que cumprir regras e bater ponto. Era um vício e, talvez reduzirá porque, o trabalhador pensará duas vezes antes de pedir para sair de uma empresa!
Até o PMDB, partido de Michel Temer, anunciou que se não recebesse o seu quinhão nesse “esforço” para aprovar o ajuste fiscal que beneficiou a Previdência Social, também viraria oposição, mas resta saber contra quem já que o seu maior expoente é o atual vice-presidente do Governo Dilma Rousseff. Isso já virou uma chantagem política que a sociedade não merece receber! Fisiologismo maior e mais descarado que esse nunca tinha “visto antes na história desse país”, como dizia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma vergonha, um Governo ser vítima desse tipo de chantagem política em nome de interesses corporativos e partidários pessoais e não em nome da governabilidade do Brasil!