COMO SOMOS? ALGUNS.

SOBRE COMENTÁRIO À MINHA CRÔNICA "LER E COMPREENDER PARA PODER APRENDER".

Bernard, a vida é de estágios, não sou hoje o que fui ontem, busco progredir como pessoa, para isso precisamos abrir nossa mente para o entendimento, para chegar em razoável compreensão e aprender, e logicamente caminhar entre as diferenças e contraditórios necessários que a vida apresenta. Somos uma metamorfose ambulante, como diz frase de música conhecida, todos nós, e que seja para crescer aprendendo, em qualquer idade, nessa interminável escola.

Aprende-se muito e mais no centro dos contraditórios decidindo conflitos, e visibiliza-se com clareza, mesmo já consciente dessas certezas, a grande máquina que move a humanidade majoritariamente; o egoísmo, a pretensão.

Haveria egoísmo maior que um pai sair de seu emprego para inviabilizar o desconto em folha da pensão alimentícia de um filho? Existiria pretensão mais significativa do que as contrafações que batem às portas dos tribunais?

São ciscos e cinzas da enorme floresta varrida em vento e fogo pelo convívio humano que frequenta os tribunais. Pletora dessas incidências enunciadas de par com muitas outras. Mas para aprender há de se compreender essas facetas fortes da humanidade.

É da discordância didática que o homem oxigenou o pensamento, enfrentando barreiras históricas, cito só o escravismo, pedra angular de melhora da humanidade quando erradicado formalmente. É pilar pedagógico para quem tem o devido quilate da pedagogia. Essa é a história dos predicados kantianos, se existem, distante da existência pura e simples, que nada acrescenta.

Não é fácil ser didático, é preciso eleger vários caminhos para alcançar resultado, mas às vezes torna-se impossível, não há recepção. Falta mais do que vontade de aprender, o interior está fechado para aprender, por variados motivos. Essa a dirigência do posicionado na crônica comentada, o sedimento passa a régua em universo crítico sem embasamento.

Nada sei de possibilidades matemáticas, cálculo diferencial, etc. Diz minha filha, alta cabeça nessa área e gerente de projetos da Embratel, que eu poderia saber, se quisesse. Talvez, creio que não. Por quê? Pela minha volição que tem a ótica voltada para outros espaços. Teria dificuldade para aprender. Falta vontade ao objeto visado. Porém, se me volto para um determinado lado, digamos, letras, tenho que ter abertura espiritual, moral, ética e de inteligência para aprender, mesmo impulsionado pela "paideia grega", escola firmada na resistência ao que está posto, sem o que vou nadar na insciência sempre.

É isso meu amigo, somente,nada há de vulto . Você, por exemplo, já um grande amigo virtual, e um dos mais preparados leitores de almas pelo que conheço de seus credos, nunca sofreria desses males que abrigam um certo "phatos, isso decorre de incipiente constatação. Como acentuei, "projeta-se o existir sem predicado dos juízos que não possibilitam ler e compreender, e por isso nada adquirir em saber.", quando há insuficiência de capacitação para compreender, que se associa visivelmente ao perfil patológico das pessoas. Destaca-se também habitarem um olimpo exclusivo, isoladas em saber privilegiado que teriam, dons raros, e por isso invejadas, assim creem, o que sinaliza pretensa genialidade, cata de aplausos, com demais seguimentos desse diapasão, incapazes de entenderem o mínimo. Nunca entenderão.

Muito visível esse perfil, mesmo outra conotação reflita. Na sociedade essas condutas são mais que corriqueiras. Surgem assim mais características infantes, uma resistência colegial de primeiros bancos. Nunca me senti invejado. Quem assim se considera, não se sentir invejado, imagine quem se sente invejado onde se coloca. Em um “olimpo” de pretensão e vaidade. Acho uma "pretensão" infantilíssima, e é. Os que se dizem invejados são quizilentos. As quizilas bastam a demonstrar o que falo. Todo mundo tem uma história, um perfil, é como um processo, você lê, avalia e aprende o que acontece, aconteceu, está acontecendo com essas pessoas que estão envolvidas nesse processo.

A vida é um processo, viver dá trabalho, e configura um bom trabalho, pois viver, digo sempre, é sagrado. Onde você se encontra na grande pirâmide? Você pergunta Bernard. Sem nenhuma boa vontade, em lugar no qual a real humanidade é verdadeira, sem falácias, esse é o predicado que nos assinala Kant para poder compreender e aprender.

O que explanei é uma retórica sobre o que vivemos em sociedade, a velha pretensão.

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COMENTÁRIO DE BERNARD GONTIER PARA CRÔNICA MINHA.

Uma reflexão de vulto, eu particularmente necessitarei de releituras para um maior aproveitamento desse texto. As vezes me pego em conferências informais com educadores, relato o que vejo e ouço no cotidiano. Em que lugar me encontro na grande pirâmide? Não faço idéia. Galguei algumas etapas, não preciso, por exemplo, andar pela rua com um pedaço de papel perguntado para os transeuntes o que está escrito. Acontece muito por aqui. Mas, isso é só um estágio. Não teria como responder plenamente a pergunta do existir. No mais, sim, a web dá uma falsa noção de saber, volta e meia acompanho um ou outro estudo. Acho que o mais notável deles foi o da neuroplasticidade, de 2010, salvo engano. Esqueci o nome do autor. Uma aula muito boa, essa, Celso, preciso digerir melhor. A única conclusão que cheguei, e isso é opinião pessoal, acho impossível acelerar um aprendizado. Retardar, sim, é possível. Enfim, ruminações as 16 horas. Abraços e uma boa tarde.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/05/2015
Reeditado em 15/05/2015
Código do texto: T5241947
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