Mensagens que edificam - 54

Controvertido ou simplesmente inócuo à todos os venenos já disseminados, o inconformado segue seu caminho muitas vezes solitário, noutras acompanhado, mas quase sempre muito mais por espias do que verdadeiros amigos. Ser amigo da verdade e da transparência impõe uma atitude que para a maioria é indecência, mas de que vale o puritanismo de uma burguesia ideológica sem lógica, onde os fundamentos são todos firmados sobre a fina areia da hipocrisia. São disfarces que já não conseguem disfarçar a farsa que é toda esta conspiração que já me sufocou e quase me tirou a respiração, mas agora imunizado, não com as falsas vacinas do sistema, mas com os antídotos que são extraídos dos próprios golpes baixos aplicados sobre a maioria numa época em que a desinformação era a força que dominava e mantinha uma covarde letargia e os mais interessados acabavam por cair na apatia, quando o império do terrorismo sócio-religioso era uma imponente maneira de fazer prevalecer todas as asneiras que agora vêm à tona. Quem não está engessado reage e mesmo que sendo classificado como louco assume a posição dos que não estão nem aí para qualquer represália que possa tentar inutilmente calar a boca de quem há muito pretendia gritar, mas como tudo tem a sua hora e o seu tempo, longe de qualquer desalento dou um adeus às indolências e seja o que Deus quiser. E por falar em Deus, este assunto fica ainda mais apimentado ao considerar que o que é interpretado como destino faz parte de um complô há muito tramado por quem faz do singelo um desatino que põe em descrédito todos os discursos agora interpretados como cretinos, sabendo que conceituar aquilo que é inconcebível é sofisma e engano, não ledo, mas lastimável. Todavia antes tarde do que cêdo pois se há realmente tempo para todas as coisas, é tempo de arrancar e despregar todos os cravos enferrujados que tetanizaram todas as investidas contrárias de quem se viu mártir ao abrir a boca para contrariar a mãe desta aparente inexpugnável prostituta. Se antes tarde do que nunca, seja benvinda toda literatura que pleiteie ser não uma artística pintura, mas o retrato fiel desta foto grotesca cujo negativo esteve por séculos ocultado, mas agora é como tinta fresca. É bem verdade que foram necessários mais do que escavações e cavernas que trouxessem ao conhecimento que nem tudo estava perdido, mas se o que se perdeu é bem mais do que o que se achou fico com as conclusões apoiadas na lógica e não nas conjecturas de um plantel de besteiras que de domingo à sábado, passando por umas santas sextas-feiras fizeram a farra dos frades e das freiras que em seus conventos nem viram quando passou o vento, e em suas clausuras não tomaram conhecimento das penas mais duras que puniram quem ousasse se opor à toda esta bizarra desventura. Em pleno século 21 vejo um véu se rasgar de alto a baixo e toda a nudez ficar exposta como uma resposta que esperava o parágrafo exato para vir à mostra. Mas isto não será o ponto final, pelo contrário, apenas reticências neste mar de afluências, e assim continua a interminável guerra do bem contra o mal.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 11/05/2015
Reeditado em 11/05/2015
Código do texto: T5237691
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