Por que, Mãe... Por quê?

Todos veneram sua mãe, percebo isso na quase totalidade das pessoas. Todavia noto que, de bom tempo para cá, as mães estão ficando a desejar. Mal cuidam de seus filhos, dão péssimos exemplos. Vejo mães que bebem cerveja ou caipirinha, junto de outro homem que é apenas seu “ficante” do momento. E o seu filho - aquela criança - está ao lado. Isto acontece em mesas de lanchonetes ou de bares, e o filho ou filha, fica tomando refrigerantes e comendo qualquer porcaria que ali vendem.. Não consigo admitir isso.

Agora, aqui desabafo, quanto à minha mãe. Há quase dez anos, ela se foi. Continua comigo o que eu pensava e penso. Mantenho esta indignação:-

Mãe, até hoje mal entendo ou nada entendo. Desde cedo, sempre fui baixinha, toda delicada, e a senhora nunca me chamou de Deysinha. Ou nunca me chamou assim, por não me achar sua filha querida? -Também nunca me deu um beijo, um abraço, não consigo me lembrar de um sequer! Não sei se este é somente meu modo de pensar ou se é o lamento eterno do meu coração. Morrerei com toda esta indignação.

Eu gostaria tanto de escrever uma poesia, uma prosa poética ou fazer uma bela homenagem para ela. Mas, não! Deu tudo errado. Até hoje penso que minha mãe manteve, durante toda a sua vida, um gelo em seu coração, conservado a zero grau.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 09/05/2015
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