70 ANOS DEPOIS...

A esposa foi acometida de forte resfriado, e acabamos “pegando”, pois com mudança de estação há mais propensão a isto, certamente este “quadro” dura alguns dias, um pouco de repouso e com a medicação habitual, o comum é termos a saúde normalizada; motivo pela qual “interrompemos” nossas Reflexões do Cotidiano...

Não temos quantidade ou “cota” para escrever durante o mês, podem somar a mais de seis textos, dificilmente chegam a dez, pois devemos primar pela qualidade e não quantidade.

É evidente que há ocasiões que ficamos indecisos: escrever o quê? É evidente que escrever sobre a Caridade, o Amor ao próximo, ou enaltecer os grandes Avatares, que humanidade já recebeu, não deixa de ser muito importante, mas ao mesmo tempo temos o cotidiano, que também não deixam de ter seu destaque, pois estamos falando em Vidas, que dom mais importante outorgada pelo Supremo Criador...

...Hoje é sete de maio, há 70 anos terminava a Segunda Guerra mundial, exceto no Japão que somente haveria a rendição em 2 de setembro, não iremos mencionar dados estatísticos, pois este não o nosso objetivo... *

Muito embora naquele longínquo ano de 1944, tivéssemos tão somente três anos, temos guardado no recôndito de nossa alma, indelevelmente algumas lembranças; nossa mãe já havia falecido; a noite vários vizinhos de nossos avôs, havidamente iam a nossa casa para ouvir o rádio, - lugar de destaque na sala. - para se interarem das notícias da Itália, “palco” das acirradas batalhas dos pracinhas brasileiros...

Na realidade na condição de uma criança de poucos anos, nada entendíamos do que estava acontecendo, somente bem mais tarde fomos aos inteirando, daquele triste período em que durou quase seis anos, que ceifaram incontáveis vidas, e destruição do meio ambiente; na insensatez de alguns, que em sua loucura desvairada do personalismo doentia, que “mexeu” com destino de milhões de seres humanos; “resgates” para alguns, e “semeaduras” negativas para outros, que exigirão mais tarde o ressarcimento pelos seus atos impensado, pois a Ação e Reação fazem parte da vida de cada um...

Um tio* lá estava, na condição de sargento, pois abraçara a carreira militar bem jovem, voltou, para o contentamento de seus familiares, um pouco mais tarde se tornaria Espírita convicto; após aposentar-se na condição de capitão, se torna com maior afinco um divulgador dos livros espíritas...

Divaldo Pereira Franco, nos inícios dos anos 60, também, começa a escrever as primeiras obras psicografadas por seu intermédio, este tio começou uma tarefa, que perdurou até o seu desenlace, divulgar os livros deste ilustre orador; - cujas fronteiras iam muito além de nosso país. - foram quase cinco décadas de trabalho ininterruptos, em muitas ocasiões, ia de ônibus, muito além de nossa cidade, para divulgar incansavelmente os livros de Divaldo, principalmente nos Centros Espíritas, que davam a ele momentânea acolhida; entretanto, algumas instituições nem sempre davam exemplos de verdadeiros espíritas, não o valorizando em suas tarefas; não ligava a estes contratempos de “intolerância”, prosseguia sem esmorecer em seu labor...

Muito embora, fizera carreira militar, guardava em seu íntimo, a convicção plena, que o caminho da paz deveria se sobrepor aos caminhos das guerras, pois perante o Supremo Criador, somos irmãos, independente de fronteiras, idiomas e religiões, em que a solidariedade deveria estar acima de tudo isto, conforme Jesus nos ensinou há quase dois mil anos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como si mesmo.

*Vitor dos Santos. Nasceu em Blumenau - SC. 13 de dezembro de 1.923 Faleceu em Curitiba. – PR. 03 de outubro de 2.014

*Números da Wikípédia

Curitiba, 07 de maio de 2.015 - Reflexões do Cotidiano - Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 08/05/2015
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