VIDA MARVADA.
 
Gosto de escrever as minhas crônicas, aquelas do cotidiano. Outro dia eu me lembrei de quando meu pai cantava Vida Marvada, composta por Almirante em 1937, e minha mãe ao lado dava risada da letra. A letra era assim:

Ê, vida marvada!
Num dianta fazer nada
Pruquê se esforçá
Se num vale a pena trabaiá?

De manhã cedo eu óio pra rocinha
pra vê se a vez nasceu quarqué coisinha.
Mas, qual o quê, não nasceu nada, não
Prantando nasce, mas num pranto, não!


Ontem à tarde, resolvi fazer uma paródia, baseada em fatos que há bom tempo estão em qualquer noticioso. Se meu pai e minha mãe ainda estivessem vivos, começariam a chorar.

Eis o que, sem qualquer pretensão, esbocei:


Ê, que vida boa!
Eu só preciso, ficar à toa.
Bolsas eu sei que vou ganhar
Pra quê que eu preciso trabalhar?

De manhã cedo eu dou uma trepadinha
Pra minha família logo aumentar
Que vida boa, é esta que é minha
Outra bolsa eu sei que vou ganhar!


É, nem adianta chorar...

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Agradeço a interação do colega sempre bem humorado, Elie Mathias.

Num golpe de poder com cumpanheiros
mensalão e petrolão foram essenciais
para sustentar partidos aliados
e perpetuar roubando muito mais.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 08/05/2015
Reeditado em 23/01/2017
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