OS GARRANCHOS DOS MÉDICOS

Muita gente reclama - e com razão - da maneira como os médicos escrevem (prescrevem?) suas receitas. São verdadeiros garranchos, salvo honrosas exceções, modernos hieróglifos que somente os ptolomeus das farmácias sabem decifrar. E será que sabem mesmo? E a dosagem que o médico prescreve, como vamos tomá-la acertadamente se não entendemos a letra deles? À farmácia interessa vender; se não tiver o remédio indicado, podem empurrar outro e pronto, o azar é do paciente, do doente, de quem vai tomar o remédio. Claro que há as exceções: os médicos que têm boa caligrafia, os farmacêuticos e donos de farmácias conscientes e honestos e os pacientes que sabem decifrar as garrancheiras. Mas por serem exceções, apenas confirmam a regra geral.

Ora, não seria mais racional e prático que os médicos passassem as receitas à máquina ou num computador, ou quando isso não fosse possível com letra de forma? Por que não há uma lei taxativa a esse respeito? Bastaria uma portaria do INSS, do SUS, do Ministério da Saúde. Penso que a saúde do povo é mais importante do que as besteiras e mutreas em que vivem metidos autoridades e políticoas. Deviam atentar para um problema que à primeira vista parece simples, mas que pode, caso se erre a receita, por em risco a vida de uma pessoa. Todo cuidado é pouco com os garranchos dos médicos.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/05/2015
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