A ARTE E A LOUCURA. QUEM É ARTISTA?

UMA HOMENAGEM A MEU PAI.

Lélut afirmou que “não há gênio sem um grau de loucura” e Moureau que “a genialidade é uma nevrose”.

Se isto é verdade ou mentira pouco importa. O fato é que o artista é sempre um louco-divino, é um normal que excede, iluminado.

A loucura do artista não é essa anomalia brutal do louco-medíocre, nem essa bestialidade selvagem do louco-animal, ao contrário, é essa sensibilidade aumentada, essa superinteligência que diviniza o homem humanizando-o gigantescamente. É a loucura maravilhosa de sentir e pensar um pouco mais que o “rebanho”.

É a loucura de ser em todos os momentos e em todos os lugares ele mesmo – um semideus rebelado!

A anormalidade nada cria, tudo destrói; só pois a normalidade prodigalizada, a loucura-sábia é capaz de erigir monumentos eternos.

A arte é a própria natureza feita ideia ou emoção, dentro do homem. Quem é artista? Foram artistas Buda, Cristo, Confúcio, Lutero, Júlio Cezar, Napoleão, Rafael, Bernini, Michelangelo, Leonardo Da Vinci.

Mozart, Beethoven, Bach, Mendelsohn, porque através do som criaram uma nova natureza. Também Homero, Virgílio, Píndaro, Petrarca, Dante e tantos outros que respiraram mais que oxigênio, transcenderam.

Causa da loucura desses homens mais que normais, extravagantemente normais, e por isso loucos, é o sentimento do amor. Porque o amor é a forma mais divinatória da loucura, por ser a expressão mais fiel da natureza.

É a loucura da Loucura! A arte da arte!

Arte, loucura, amor, feições mágicas de um mesmo fato natural!

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/05/2015
Reeditado em 05/05/2015
Código do texto: T5231955
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