RECORDAÇÕES MATERNAS
Nair Lúcia de Britto
Quando vou ao centro da cidade, em Santos, o que raramente acontece, não tem como não me lembrar de mamãe. Quantas vezes nós percorremos juntas as ruas João Pessoa, Amador Bueno, Riachuelo e outras
mais. Mas o local mais marcante para mim é a Praça Mauá, onde o bonde turístico me faz recordar ainda mais daquela época.
Se eu tivesse braços infinitamente longos eu abraçaria a Praça Mauá com todo seu encanto, que me faz recordar.
Ainda são muitas as lojas, mas as Lojas Americanas se sobressai mais que todas as outras na minha lembrança. Era um dos pontos mais frequentados por nós. Era lá que mamãe costumava comprar seus aviamentos de costura: carretéis de linha de todas as cores, fita métrica, tesourinha, dedal, elástico... Enfim, tudo que uma boa costureira precisa, para bem atender sua clientela.
Eu gostava da apresentação do interior da Loja. Compunha-se de vários balcões nas laterais esquerda e direita. Tinha um balcão específico para cada tipo de mercadoria. No meio, o corredor; pelo qual a farta freguesia passava: uns entrando, outros saindo. Meu balcão preferido era o dos chocolates. Depois o de brinquedos...
Feitas as compras, nós íamos à lanchonete que havia bem no meio da loja. Saboreávamos com gosto aquele cachorro-quente, bem passado na chapa e com queijo derretido! Nunca mais comi um cachorro-quente tão bom!!!
Não era à-toa que eu gostava de ir às Lojas Americanas.
Dia desses eu passei por lá. Parei bem em frente à Loja. Fiquei olhando para sua fachada que pareceu-me não ter mudado nada; ou talvez mudado muito pouco.
Fiquei parada ali em frente por vários minutos, sentindo a presença de mamãe. O passado me parecia tão presente que era como se o passado não houvesse passado!
Hora de voltar para casa, peguei o ônibus via Ana Costa. Todas as ruas da trajetória do ônibus, que eu olhava pela janela, absorta em pensamentos, me conduziam às recordações maternas.
No bairro do Gonzaga, eu dei sinal e desci do ônibus.
Desci com o coração ainda apertado de saudades...
Nair Lúcia de Britto
Quando vou ao centro da cidade, em Santos, o que raramente acontece, não tem como não me lembrar de mamãe. Quantas vezes nós percorremos juntas as ruas João Pessoa, Amador Bueno, Riachuelo e outras
mais. Mas o local mais marcante para mim é a Praça Mauá, onde o bonde turístico me faz recordar ainda mais daquela época.
Se eu tivesse braços infinitamente longos eu abraçaria a Praça Mauá com todo seu encanto, que me faz recordar.
Ainda são muitas as lojas, mas as Lojas Americanas se sobressai mais que todas as outras na minha lembrança. Era um dos pontos mais frequentados por nós. Era lá que mamãe costumava comprar seus aviamentos de costura: carretéis de linha de todas as cores, fita métrica, tesourinha, dedal, elástico... Enfim, tudo que uma boa costureira precisa, para bem atender sua clientela.
Eu gostava da apresentação do interior da Loja. Compunha-se de vários balcões nas laterais esquerda e direita. Tinha um balcão específico para cada tipo de mercadoria. No meio, o corredor; pelo qual a farta freguesia passava: uns entrando, outros saindo. Meu balcão preferido era o dos chocolates. Depois o de brinquedos...
Feitas as compras, nós íamos à lanchonete que havia bem no meio da loja. Saboreávamos com gosto aquele cachorro-quente, bem passado na chapa e com queijo derretido! Nunca mais comi um cachorro-quente tão bom!!!
Não era à-toa que eu gostava de ir às Lojas Americanas.
Dia desses eu passei por lá. Parei bem em frente à Loja. Fiquei olhando para sua fachada que pareceu-me não ter mudado nada; ou talvez mudado muito pouco.
Fiquei parada ali em frente por vários minutos, sentindo a presença de mamãe. O passado me parecia tão presente que era como se o passado não houvesse passado!
Hora de voltar para casa, peguei o ônibus via Ana Costa. Todas as ruas da trajetória do ônibus, que eu olhava pela janela, absorta em pensamentos, me conduziam às recordações maternas.
No bairro do Gonzaga, eu dei sinal e desci do ônibus.
Desci com o coração ainda apertado de saudades...