Violência

Se esparrama pelas ruas,

Becos, avenidas de nosso país.

Está na boca do povo, nas rodas de conversa,

Na hora do café, despejada em nossos lares durante o dia/tarde/noite.

Ecoa pelos quatro cantos da cidade,

Rajadas, perdidas, sentidas

Na carne, na alma, no coração

O problema é coletivo,

A dor, solitária.

Cômodo e até divertido é ver Stallone, Bruce Willis, Charles Bronson em ação,

Porém, quando ela "salta" da tela para a vida real,

Para a rua onde moramos, quando adentra nossos lares sem pedir licença

Passa a ter uma nova nuance

E nos assusta...e nos deixa sem palavras

Enquanto seus sinais se fazem visíveis

Nas paredes de casas humildes, de prédios de alto padrão,

Nos rostos de mães, pais, irmãos

Ela grita nas esquinas, semáforos, becos

Misturada ao som dos prantos de corações arrasados,

Mergulhamos em retóricas vazias de ações de quem se esperava mais do que apenas promessas

Enquanto já cumprimos a sentença daqueles que se tornaram "os donos da rua", juízes impiedosos que decidem a seu bel-prazer quem vive e quem não voltará para junto dos seus, e infligem o trauma na alma.

Medo....Cautela...Pavor....Sensação de impotência...Fragilidade...Desesperança...Desconfiança...Descrença nas instituições...

Subprodutos da Violência a que nos tornamos reféns

Promessa de segurança nas grandes cidades, no Morro do Alemão?

Só para inglês ver.....

Marcio Roque
Enviado por Marcio Roque em 12/06/2007
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