Ninguém pode trazer o topo da montanha para si através de marretadas. É preciso conquistá-lo passo a passo.
ACEITAÇÃO
O que é aceitação? Ato de aceitar. Acolhimento. Aprovação. Aplauso. Consideração. Pelo menos, estes são os sinônimos que encontrei em um dicionário. Mas hoje em dia, existem outras definições, que não passam pelo aplauso, aprovação ou acolhimento. Hoje, aceitação virou sinônimo de tolerância. Quem tolera, não aceita de verdade: apenas engole algo que desce pela garganta, machucando, arranhando, e que depois fica pesando no estômago até que, cedo ou tarde, é vomitado em forma de preconceito, fúria e indignação.
Para que haja aceitação, é preciso haver antes a compreensão absoluta, e nem mesmo a compreensão fará, necessariamente, que alguém aceite alguma coisa que vá contra os seus princípios. Neste caso, que pelo menos surja a semente do respeito, e que ela cresça e se estenda sobre a fúria, o preconceito e a violência. Saber respeitar aquilo com o qual não concordamos é um exercício diário de abnegação e altruísmo pelo direito básico que o outro tem de SER.
Se eu tento me fazer aceita à marra, tudo o que vou conseguir é gerar ainda mais revolta, preconceito e violência. Eu acredito na educação. As escolas deveriam ensinar as pessoas a respeitarem a maneira de ser que é diferente da própria. Parece simples, mas não é, pois as ideias atávicas encrustadas nas mentes das pessoas não saem assim, de uma lavada só... pode demorar muito tempo para que tudo comece realmente a mudar. Enquanto isso, que seja cultivado o respeito por aquilo que eu ainda não sou capaz de aceitar, compreender ou aplaudir.
O preconceito é como uma árvore de sementes poderosas: se alguém a cortar com violência, ela despejará suas sementes pelo solo, e mais cedo ou mais tarde, elas voltarão a brotar. É necessário que se plante, próximas a elas, outras árvores que cresçam mais que elas, cujas sombras impeçam que a luz do sol brilhe sobre suas copas, fazendo com que elas sequem e morram. Mas estas árvores levam anos para crescer... pode demorar muito tempo. Mas eu não consigo ver outra solução.
Eu não acredito que uma ideia que seja introduzida através da violência (e existem muitas formas de violência que passam longe da violência física) brotará saudável e terá raízes fortes. Daqui do meu canto, onde apenas observo as coisas que acontecem, eu vejo um mundo cada vez mais violento, pois as pessoas parecem estar querendo derrubar à marretadas muros altos e fortes que foram construídos através de anos e anos de ideias equivocadas; isso faz com que aqueles que se encontram por trás desses muros sintam-se ameaçados e invadidos. Consequentemente, eles correm e começam a construir barricadas emergenciais para tentarem se proteger - e aos seus princípios - daquilo que consideram como uma invasão. E isso só gera mais intolerância, medo e violência.
E é preciso ter consciência de que, mesmo que eu tente ser a melhor pessoa do mundo, sempre haverá pessoas que não gostarão de mim, não me aceitarão, não me acolherão. Se eu colocar a minha felicidade ou satisfação pessoal nas mãos dessas pessoas, acreditando que, para que eu seja feliz, elas precisam me aceitar ou me respeitar, eu jamais darei um passo adiante na minha vida. É necessário compreender que aquele que não me aceita e não gosta do meu modo de ser também está no seu direito, e respeitá-lo, assim como eu quero ser respeitado.
Um dia, as pessoas hão de compreender que toda forma de preconceito é um atraso. Mas eu não sei quando isso vai acontecer.
ACEITAÇÃO
O que é aceitação? Ato de aceitar. Acolhimento. Aprovação. Aplauso. Consideração. Pelo menos, estes são os sinônimos que encontrei em um dicionário. Mas hoje em dia, existem outras definições, que não passam pelo aplauso, aprovação ou acolhimento. Hoje, aceitação virou sinônimo de tolerância. Quem tolera, não aceita de verdade: apenas engole algo que desce pela garganta, machucando, arranhando, e que depois fica pesando no estômago até que, cedo ou tarde, é vomitado em forma de preconceito, fúria e indignação.
Para que haja aceitação, é preciso haver antes a compreensão absoluta, e nem mesmo a compreensão fará, necessariamente, que alguém aceite alguma coisa que vá contra os seus princípios. Neste caso, que pelo menos surja a semente do respeito, e que ela cresça e se estenda sobre a fúria, o preconceito e a violência. Saber respeitar aquilo com o qual não concordamos é um exercício diário de abnegação e altruísmo pelo direito básico que o outro tem de SER.
Se eu tento me fazer aceita à marra, tudo o que vou conseguir é gerar ainda mais revolta, preconceito e violência. Eu acredito na educação. As escolas deveriam ensinar as pessoas a respeitarem a maneira de ser que é diferente da própria. Parece simples, mas não é, pois as ideias atávicas encrustadas nas mentes das pessoas não saem assim, de uma lavada só... pode demorar muito tempo para que tudo comece realmente a mudar. Enquanto isso, que seja cultivado o respeito por aquilo que eu ainda não sou capaz de aceitar, compreender ou aplaudir.
O preconceito é como uma árvore de sementes poderosas: se alguém a cortar com violência, ela despejará suas sementes pelo solo, e mais cedo ou mais tarde, elas voltarão a brotar. É necessário que se plante, próximas a elas, outras árvores que cresçam mais que elas, cujas sombras impeçam que a luz do sol brilhe sobre suas copas, fazendo com que elas sequem e morram. Mas estas árvores levam anos para crescer... pode demorar muito tempo. Mas eu não consigo ver outra solução.
Eu não acredito que uma ideia que seja introduzida através da violência (e existem muitas formas de violência que passam longe da violência física) brotará saudável e terá raízes fortes. Daqui do meu canto, onde apenas observo as coisas que acontecem, eu vejo um mundo cada vez mais violento, pois as pessoas parecem estar querendo derrubar à marretadas muros altos e fortes que foram construídos através de anos e anos de ideias equivocadas; isso faz com que aqueles que se encontram por trás desses muros sintam-se ameaçados e invadidos. Consequentemente, eles correm e começam a construir barricadas emergenciais para tentarem se proteger - e aos seus princípios - daquilo que consideram como uma invasão. E isso só gera mais intolerância, medo e violência.
E é preciso ter consciência de que, mesmo que eu tente ser a melhor pessoa do mundo, sempre haverá pessoas que não gostarão de mim, não me aceitarão, não me acolherão. Se eu colocar a minha felicidade ou satisfação pessoal nas mãos dessas pessoas, acreditando que, para que eu seja feliz, elas precisam me aceitar ou me respeitar, eu jamais darei um passo adiante na minha vida. É necessário compreender que aquele que não me aceita e não gosta do meu modo de ser também está no seu direito, e respeitá-lo, assim como eu quero ser respeitado.
Um dia, as pessoas hão de compreender que toda forma de preconceito é um atraso. Mas eu não sei quando isso vai acontecer.