Levar e Comprar; ou Fazer?

Usar do conhecimento globalizado perverso para destruí-lo é a forma mais eficaz de mudança social ou individual? Ensinai-me a fazer pão de casa que te deixareis em paz. A frase é minha, mas se alastrasse pela sociedade ficaria alegre: como aquelas frases já conhecidas: “de poder aos homens e verás quem ele é”; “diga-me com quem andas que direi quem és tu”, e a infalível e contundente “ema, ema, ema cada um com seus problemas”. Logo, estima-se que existam milhares de frases mundo afora criadas para expressar o que anda acontecendo dentro dos modos sociais e o que está fora dos mesmos. O que gastaria uma família para fazer um pão de casa? Plásticos dos mais variados tipos, fermentos, essências e aromatizantes, gás, água, energia elétrica, açúcar, sal e tempo. Esse último ingrediente pode ser interpretado por dois pontos de vista: primeiro o tempo de preparar e assar o pão e o segundo o tempo da imaginação, parar no tempo, e se questionar: Por que fazer um pão de casa se o da padaria já está pronto bastando apenas trocá-lo por dinheiro? As respostas seriam variadas, mas numa pesquisa acredito, portanto não afirmo seria para aliviar o stress ou mesmo um desafio de uma nova receita de um site da internet. A besteira de fazer um pão de casa se torna a besta da globalização atual. O tempo que foi perdido no ato de preparar e assar o pão daria para ter comprado seis pães e ainda ao comprá-lo traria massa de tomate, ervilhas e salsichas para o cachorro quente (hot dog). “Você é grande mais não é dois” e “Quanto maior a altura maior o tombo” retrata aqui a desconfiança de um lanche. A descrença em nos mesmos começa pela terceira lei mais importante da sobrevivência dos homens o alimento. Se faltar ar ou água morremos insatisfeitos, pois nos faltou aquele último banquete: comer o pão de queijo da padaria do Manuel. Trocariam os apóstolos na última Santa Ceia com Cristo o pão originário do Oriente pelo pão de queijo do seu Manuel? A história diz que apenas um dos doze fez tal troca. “O que se leva deste mundo é aquilo que se come”. Arrebatadora esta frase. Ah! Última questão. Por que no coletivo se existo na minha individualidade?

Baltasar Garcia
Enviado por Baltasar Garcia em 03/05/2015
Código do texto: T5229084
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