O BRASIL PARANDO. CULPADOS E EXCULPADOS.

O paradoxo está presente. Os culpados são exculpados, foram os enganados, não são tão culpados assim, adoçaram seus sonhos e não deram o principal, educação, a mesma que os mártires da dissipação da gestão da coisa pública, que colocaram um pé na academia, ainda que academia insuficiente, agora penam para a recondução e seguimento da conquista iniciada. No ensino fundamental o mínimo implantado fica a dever ao desgraçadamente pior, que está presente.

É por essa mesma educação, ausente, que os exculpados pagarão, por culpa indireta, cooptados, e inseridos na culpa da não gestão da coisa pública legal e eticamente, em gigantesco anfiteatro de trocas políticas e aumento do Estado para que o barco navegasse sem mar bravio de qualquer oposição, de que natureza fosse, barco sem almirante, quando muito singrando conduzido por inexperientes marinheiros que nem práticos eram. Praticamente analfabetos guindados ao comissionamento remunerado, praticamente todos sem qualificação.

Nada sem lastro consegue estabilidade por muito tempo. Não se inicia uma pirâmide pelo vértice. Quem não dá educação por não conhecê-la, longe de seus primeiros princípios, fala a mesma língua dos deseducados que cativa, mas não fala indefinidamente. A mentira tem barreiras.

Os cativados são exculpados, discernimento não é visão do imediato, que beneficia com pouco, migalhas diante do que poderia ofertar, na magia de uma nação riquíssima, pródiga em potencialidades, mas do concerto de ideias e da ciência de universalidades básicas, que descerra amplitude de horizontes. Poder ver o agora e suas consequências. É e era o desejável, através da educação, sempre negada, não só a alegria do sonho do agora que trará um pesadelo no após.

Da ausência de investimentos nada sabiam os exculpados, não sabiam, SÃO INSCIENTES, que toda a estrutura produtiva, longa de listar, escoa riquezas por estradas. Nem ferrovias temos, e as estradas plenas de bandidos que roubam cargas.

As fábricas que trazem empregos funcionam com energia. Os exculpados sabem pouco disso,menos ainda da ausência de investimentos. Ficarão desempregados, é o lado mais fraco da cadeia econômica.

A máquina que puxa a economia, como a locomotiva leva inúmeros vagões, é a energia. É de simples observação.

No Brasil se inicia a voracidade do custo de energia, um retrato 3x4 ainda, o caos está por vir. Energia elétrica e fóssil. As duas paralisarão aos poucos a economia, será reduzida drasticamente, mais do que agora.

Teremos seis anos de áspera caminhada, no mínimo, está sedimentado e gravado na ótica dos conhecedores de economia e seus fundamentos, primariamente.

Os sucessos alcançados com alargamento de créditos (mesmo consignados) e possibilidades de mais conforto se extinguirão. O sonho do carro e da casa própria ficarão mais distante, JÁ ESTÃO. Viagens e lazer ficam para os que têm folgas. Mas faço a defesa dos exculpados que muitos insistem em serem culpados. Eles não têm a grandeza da culpa, aqueles a quem se quer imputá-las. Sua educação anda ao lado de suas desinformações.

Quem não conhece educação e seus benefícios não luta por ela, luta pelo carrinho popular pago em sessenta vezes, por um teto humilde de última qualidade os materiais, e principalmente pela comida. Pelo prato de comida onde exista carne de segunda. Não pode se pedir algo de quem o algo desconhece. Para medir valores é preciso conhecê-los pela educação formal. O quadro político é testemunha dessa verdade. Não existe aluno qualificado com professor despreparado, trata-se de causa e efeito, fenômeno que movimenta a vontade e seus resultados, como na criminalidade pública visível atual, não existe crime mandado sem mandante.

Não são culpados aqueles em país onde se lê, por exemplo, em coluna do conhecido Ancelmo Góes, “que nunca viu advogados, réus e políticos interessados de determinado partido, festejarem soltura de empreiteiros, de mãos dadas” de procedimento onde desvios foram largamente confessados pelos cúmplices dos empreiteiros e de sua tribo. É a festa da deseducação.

Os culpados não estão mais invisíveis, estão expostos, todos os veem, enganados e conscientes, e querem se tornar a essa altura invisíveis em ocasiões, festas, que já foram visíveis aos exculpados. Não dá mais....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/05/2015
Reeditado em 03/05/2015
Código do texto: T5229037
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