LIBERDADE ÀS FORMIGAS
No mesmo horário previsto para que ocorresse a execução de Rodrigo Gularte, na Indonésia, eu havia marcado para cortar o cabelo, sem contudo haver relação entre uma e outra coisa.
Antes de sair de casa coloquei uma pedrinha na entrada de um formigueiro que devorava a roseira da vizinha.
Como havia chegado um pouco antes no salão aproveitei para folhear o jornal, então entre uma e outra folha avistei uma formiguinha descendo do meu pé, logo suspeitei que ela fosse daquele formigueiro que deixei trancado. Discretamente apanhei o pequeno inseto e embrulhei-o em lenços de papel.
Depois da janta lembrei do formigueiro, ao iluminá-lo encontrei outra entrada aberta durante a tarde. Faltava libertar a formiguinha que estava embrulhada nos lenços de papel, procurei, procurei e nada, ela havia fugido.