CRI, RENASCI, VENCI... VENCEREMOS
Sou cidadã, essência de educadora, formadora de opinião, multiplicadora de vidas, empreendedora de sonhos, esperança, desilusão e orientadora dos que param e me escutam e de posse da titulação conferida vou refazer os parágrafos, embasar na legalidade, legitimar na moralidade e fazer algumas considerações na vivência empírica:
Sou mulher,
Sou cidadã,
Ascendente de indígena...
Fui vítima de preconceito,
Sou vítima de preconceito,
Prolifero preconceito.
Fui carrasco,
Sou carrasco.
Fui oprimida,
Sou oprimida,
Fui perseguida,
E hoje sou perseguidora,
Sou opressora...
Sou?
Não sou.
Sou.
Sou não.
Que controvérsia...
Neste jogo de palavras companheiros sou vítima, não sou vítima, depende do contexto...
Sou o grafite que escreve e posso fazer diferente.
Qualquer companheiro de jornada vítima do descaso, que pranteie na solidão, em qualquer lugar que não se enxerga o final do túnel eu sei o significado, o descaso, o gosto salgado das lágrimas... Não apercebi nenhuma mão para me ajudar naquela árdua caminhada...
O tempo, somente o tempo para transformar e da essência nordestina eu cri, eu renasci e venci... Neste embate companheiros venceremos.
Toda medalha tem verso e reverso, toda ação tem uma reação, todo injustiçado tem ampla defesa e contraditório.
E neste emaranhado de desolação só o amor constrói, porque ele te levará a vitória e a crescer mais forte com um novo olhar, uma nova esperança.
Eu não posso aliviar o sofrimento, posso dizer que sobrevivi ao calvário e hoje sou o protótipo da vitória. Após tantas intempéries ofertar-te-ei gotículas de otimismo e ratifico que o amanhecer é a certeza de uma nova perspectiva.
O que me preocupa não é ação dos meus algozes,
É o silêncio dos meus companheiros de jornada.
P.S. 1º de maio - Dia do trabalho, esta crônica é a vivência de uma sonhadora que acredita que amanhã será diferente. Eu lutei, eu luto, eu lutarei e saiba que greve é o caminho para pleitear o direito do trabalhador.