O QUE DIZER DE UM AVATAR

O QUE DIZER DE UM AVATAR

“Seja qual for tua inibição ou a tua dificuldade, é possível te afastes delas, em gradativa libertação. Para isso, porém, é indispensável te inclines à melhoria, compreendendo que a vontade é a alavanca propulsora em nossos destinos.”

Falar em Avatar soa um pouco diferente. De onde vem essa nomenclatura? Vem do sânscrito avatara, 'descida' (do Céu a Terra), Reencarnação de um deus, e, especialmente, no hinduísmo, reencarnação do deus Vixnu. Podendo ser uma transformação ou transfiguração. A bíblia fala na transfiguração de Jesus quando sobe ao Monte Tabor em companhia de Pedro e Thiago e conversa com os Espíritos de Elias e Moisés materializados. Sânscritos vêm do sânscrito samskrta, bhasa samskrta, 'língua perfeita, regular’. Glossário da língua indo-européia do ramo indo-ariano na qual foram escritos os quatro Vedas (c. 1200-900 a.C.), e que, entre os séculos VI a.C. e XI d.C., se tornou a língua da literatura e da ciência hindus; é mantida, ainda hoje, por razões culturais, como língua constitucional da Índia. Foi descrita e codificada pelo gramático Panini no século V a.C. A descoberta de semelhanças entre o sânscrito, o latim e o grego foi responsável pelos avanços da filologia no Ocidente em fins do século XVIII. Vocábulo dessa língua, sanscrítico. A condição antidrômica, condução de impulsos nervosos em direção contrária àquela em que deveria realizar-se. A Antidromia paradoxal dos Avatares. Um pouco mais simples na explicação poderíamos dizer que a palavra sânscrita avatara significa “descido”, e designa uma entidade de elevada evolução que resolveu descer da sua altura às baixadas de regiões inferiores, no caso em alusão a Terra. A descida voluntária do avatar integra o drama de sua evolução ascensional. Atingindo um grande nível de evolução e libertação, o avatar deseja descer externamente às trevas como diriam alguns religiosos, a fim de realizar subida a maiores alturas, na escala de sua incessante auto-realização. Todos eles sabem, pela sua consciência, que não há evolução sem resistência, sem sofrimento e sem luta. Eles procuram as regiões mais baixas porque nas altas o espírito não encontra sofrimento e o contato com esse sofrimento o faz evoluir cada vez mais.

Auto-realização é santidade, é auto-afirmação, é amor divino na creatura evolvível. Esses seres superiores que realizam a sua própria plenitude são os benfeitores ignotos (Ignorados) de outros seres. Não será possível realmente ser bom sem fazer o bem a outras pessoas ou seres devidamente receptivos. Chamamos essa afirmação de simbiose do universo. Simbiose – vem do grego. Symbíosis, 'vida em comum com outro(s)’. Na ecologia representa a associação de duas plantas, ou de uma planta e um animal, ou de dois animais, na qual ambos os organismos recebem benefícios, ainda que em proporções diversas, associação entre dois seres vivos que vivem em comum e associação e entendimento íntimo entre duas pessoas. Paulo de Tarso o apóstolo dos gentios tem sido acusado de ter introduzido no cristianismo um Cristo diferente do Jesus dos Evangelhos. Diz: Rei imortal dos séculos, do que o carpinteiro de Nazaré, que Paulo não viu em carne. Paulo se gloria de ser apóstolo do “Jesus carnal”, mas do Cristo imortal, que lhe apareceu às portas de Damasco, e o transformou totalmente. (página 33-“Que vos parece do Cristo” Huberto Rohden). Paulo diz que Cristo é anterior ao Universo, e nele o universo subsiste. Ocupa a primazia em todas as coisas, e nele aprouve residir toda a plenitude. A plenitude (Pleroma) é, para Paulo, a Divindade, em oposição à vacuidade (kénoma). O Cristo é a primeira e mais perfeita emanação individual da Divindade Universal, anterior a qualquer outra creatura, sendo o mesmo, a primeira de todas as cósmicas, o Alfa e o Ômega, isto é o principio e o fim, no linguajar do apocalipse. A confusão que alguns teólogos fazem entre Deus e Divindade tem dado azo a controvérsias milenares. Os livros sacros, na visão de Paulo e João, o Cristo É Deus, mas não é Divindade, que ele chama “Pai”, que está no Cristo e no qual Cristo está, mais o “Pai é maior do que eu” Ainda hoje - existem teólogos filósofos que Consideram Paulo como falsificador de Evangelhos, um contrabandista que tenha introduzido no cristianismo um Cristo Cósmico ao lado de Jesus nazareno. Entretanto o Cristo de Paulo é o mesmo nazareno descrito pelos evangelistas, mas visualizado da excelsa perspectiva do Logos pré-histórico, que João, o místico, descreveu no começo de seu Evangelho: “No principio era Logos, e o Logos estava com Deus, e o Logos era Deus”. O Cristo Cósmico, pré-humano, e o Jesus cosmificado pelo Cristo, pós-humano, é esta grande síntese de Paulo de Tarso, o Alfa e Ômega da sua vivência e de todas as suas epistolas. Alguém já ouviu falar no Quinto Evangelho? Esse Evangelho é o de Thomé que foi descoberto recentemente no Egito, não é uma biografia de Jesus como costumam dizer em comparação ao outros Evangelhos, pois se refere a - 114 aforismos (do grego. Aphorismós, pelo latim. Aphorismu - Sentença moral breve e conceituosa; apotegma, máxima). Esses aforismos são do Mestre Jesus. Esses aforismos falam quase na sua totalidade, em torno da idéia central do Reino de Deus, que está no homem e que deve manifestar-se fora dele, na sociedade e no mundo inteiro. Existem pequenos capítulos tão profundamente místicos que não podem ser analisados intelectualmente, mas sim espiritualmente. Os aforismos 13 e 13-A dizem o seguinte: “Disse Jesus a seus discípulos: Comparai-me e dizei-me com quem me pareço eu”. Respondeu Simão Pedro: TU és semelhante a um anjo justo. Disse Mateus: Tu és semelhante e um homem sábio e compreensivo. Respondeu Tomé: Mestre, minha boca é incapaz de dizer a quem tu és semelhante. Replicou-lhe Jesus: Eu não sou teu Mestre, porque tu bebeste da fonte borbulhante que te ofereci e nela inebriaste.

Então levou Jesus Tomé à parte e afastou-se com ele: w falou com ele três palavras. E, quando Tomé voltou a ter com seus companheiros , esses lhe perguntaram: que foi que Jesus te disse? Tomé lhes respondeu: Se eu vos dissesse uma só das palavras que ele me disse, vós haveis de apedrejar-me, e das pedras romperia fogo para vos incendiar. O profundo silêncio de Tomé é a mais eloqüente declaração da grandeza indizível do Cristo; abriu os canais para o influxo da intuição espiritual. A última verdade sobre o Cristo não pode ser dita nem pensada. O que se pode pensar, já está adulterado: e se o pensado for falado, há uma segunda deturpação; e se esse pensado for escrito, completa-se a terceira falsificação da verdade. Para um bom entendedor duas palavras bastam por isso o catolicismo resolvei incluir nos Evangelhos duas figuras que nunca estiveram com Jesus e não sabiam nada a seu respeito, um dos Evangelhos mais fortes e perfeitos é o de Tomé que rapidamente foi transformado em proscrito e apócrifo pela igreja católica. Perguntamos: por quê? O que há de mais estranho nessa passagem são as citações que Jesus disse a Tomé: “Eu não sou teu Mestre”, porque já ultrapassaste o Jesus humano e entraste na visão do Cristo divino; bebeste do cálice da sabedoria suprema, e por isto preferiste calar-te. Esta revelação anônima e inefável que o Mestre fez a Tomé é um dos pontos culminantes do Evangelho. À pergunta “que vos parece do Cristo?” opõe Tomé o silencio absoluto que é a melhor resposta. Tomé realmente sabia de Jesus como ninguém, por isso o quinto Evangelho foi praticamente execrado da religião católica, mas quem tiver olhos para ver que vejam. “Não se pode enganar o fogo, pois o fogo queima as escórias”. Esse é um trabalho de pesquisa, algumas citações são de minha autoria outras não, mas a minha intenção é mostrar como é difícil estudar e entender religião, principalmente aqueles que só querem ver pela parte literal e esquecem da simbólica e alegórica, não era em vão que Jesus falava através de parábolas e é de se dizer que nos dias atuais, muita gente boa que se diz conhecedor profundo dos Evangelhos - na realidade são verdadeiros neófitos.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 11/06/2007
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