O MORIMBUNDO QUE MORREU DE “SACO CHEIO”.
Fernando Gabeira,atuando na Globo News,como jornalista, recente exibiu reportagem sobre curiosidades de cemitérios em São Paulo,em especial,um da zona sul e outro da chamada “Quarta Parada”.
Lá –no cemitério da zona sul- encontrou um coveiro que além de há anos exercer essa profissão em outros cemitérios da Capital,reside agora no seu interior, onde ainda arruma tempo para escrever: é,pois,escritor. Diz ainda o coveiro que entrou nesse mister em rigoroso concurso público e gosta da profissão. Idem,também de escritor,eis que já tem até livros publicados.
Conhece os clássicos...
O cemitério da “Quarta Parada”,onde também há coveiros e fatos curiosos,lembrando Gabeira que a expressão: “Quarta Parada” dizia respeito ao local onde terminava a linha de ônibus que conduzia a população- em geral- pobre da região.Parada obrigatória.
O cemitério da “Quarta-Parada” não foge a regra dos cemitérios daqueles que não tem posse alguma. Morrem e são sepultados em valas,sem ostentação.Lá,não tem “onde cair morto”,à semelhança também de outro,na zona Leste, aquela enormidade de cemitério-cidade da Vila Formosa,onde foi enterrado, na época de chumbo,década de 60, o ex-terrorista Carlos Marighella.Agora,repousando em solo baiano,sua terra natal,trasladado pela família,após anos de seu assassinato-tocaia pela polícia paulista,na alameda Casa Branca,hoje,centro de SAMPA.
Em SAMPA- embora Gabeira nada fale- há outros dois cemitérios-ostentações,antigos e bem no centro da metrópole,um na avenida da Consolação,ele leva o mesmo nome. E outro,próximo a Faculdade de Medicina,na avenida doutor Arnaldo,este é o Araçá. Em ambos,pelo menos,antigamente,famílias em louvor ao finado/a,contratavam artistas famosos para esculpir monumentos em louvor aos entes falecidos. Vale a visitação,como um “museu” a céu aberto.A ostentação,hoje piegas,não iguala os mortais nesses campos da eternidade.
Tenho algum apreço ao cemitério da Consolação,onde está enterrado,Antoninho Marmo,que a minha finada mãe me dizia,quando ainda era criança, “fazia milagres e com 4/5 anos já rezava missa em latim”, sem que alguém lhe ensinasse a língua de Vergilio e Cícero, que o vulgo entende estar morta...também.Até hoje,seu túmulo tem inúmeras flores e velas e o público é incontável,porém,até onde sei,a Igreja Católica ignora essa estranha e santa criatura,cuja história em pormenores não sei ao certo contar.Morreu tísico.Dizem mesmo que fazia milagres.
Está-se preferindo- sem demérito ao ilustre clérigo falecido--a beatificação do pernambucano Dom Helder Câmara,eis que apresentou maior visibilidade política-- religiosa e inequívoca projeção social ao país.
Dizer que a Santa Madre Igreja não está imune e expurgada das influências político-sociais,históricas,mundanas e profanas é sandice mesmo.Nada contra.Continuemos,pois, a procissão...
Por outro,ao final da reportagem de Gabeira,no cemitério da “Quarta-Parada” há uma lápide inquietante e curiosa no túmulo-jazigo de um falecido(nome e datas * +):
A inscrição-intrigante,misteriosa- dizia,curta e grossa:
“MORRI COM O SACO CHEIO”.
Lá –no cemitério da zona sul- encontrou um coveiro que além de há anos exercer essa profissão em outros cemitérios da Capital,reside agora no seu interior, onde ainda arruma tempo para escrever: é,pois,escritor. Diz ainda o coveiro que entrou nesse mister em rigoroso concurso público e gosta da profissão. Idem,também de escritor,eis que já tem até livros publicados.
Conhece os clássicos...
O cemitério da “Quarta Parada”,onde também há coveiros e fatos curiosos,lembrando Gabeira que a expressão: “Quarta Parada” dizia respeito ao local onde terminava a linha de ônibus que conduzia a população- em geral- pobre da região.Parada obrigatória.
O cemitério da “Quarta-Parada” não foge a regra dos cemitérios daqueles que não tem posse alguma. Morrem e são sepultados em valas,sem ostentação.Lá,não tem “onde cair morto”,à semelhança também de outro,na zona Leste, aquela enormidade de cemitério-cidade da Vila Formosa,onde foi enterrado, na época de chumbo,década de 60, o ex-terrorista Carlos Marighella.Agora,repousando em solo baiano,sua terra natal,trasladado pela família,após anos de seu assassinato-tocaia pela polícia paulista,na alameda Casa Branca,hoje,centro de SAMPA.
Em SAMPA- embora Gabeira nada fale- há outros dois cemitérios-ostentações,antigos e bem no centro da metrópole,um na avenida da Consolação,ele leva o mesmo nome. E outro,próximo a Faculdade de Medicina,na avenida doutor Arnaldo,este é o Araçá. Em ambos,pelo menos,antigamente,famílias em louvor ao finado/a,contratavam artistas famosos para esculpir monumentos em louvor aos entes falecidos. Vale a visitação,como um “museu” a céu aberto.A ostentação,hoje piegas,não iguala os mortais nesses campos da eternidade.
Tenho algum apreço ao cemitério da Consolação,onde está enterrado,Antoninho Marmo,que a minha finada mãe me dizia,quando ainda era criança, “fazia milagres e com 4/5 anos já rezava missa em latim”, sem que alguém lhe ensinasse a língua de Vergilio e Cícero, que o vulgo entende estar morta...também.Até hoje,seu túmulo tem inúmeras flores e velas e o público é incontável,porém,até onde sei,a Igreja Católica ignora essa estranha e santa criatura,cuja história em pormenores não sei ao certo contar.Morreu tísico.Dizem mesmo que fazia milagres.
Está-se preferindo- sem demérito ao ilustre clérigo falecido--a beatificação do pernambucano Dom Helder Câmara,eis que apresentou maior visibilidade política-- religiosa e inequívoca projeção social ao país.
Dizer que a Santa Madre Igreja não está imune e expurgada das influências político-sociais,históricas,mundanas e profanas é sandice mesmo.Nada contra.Continuemos,pois, a procissão...
Por outro,ao final da reportagem de Gabeira,no cemitério da “Quarta-Parada” há uma lápide inquietante e curiosa no túmulo-jazigo de um falecido(nome e datas * +):
A inscrição-intrigante,misteriosa- dizia,curta e grossa:
“MORRI COM O SACO CHEIO”.