CIDADÃO CAIM

O CIDADÃO CAIM

Por opção e decepção o cidadão do século XI faz seu auto-exílio, contra a violência das massas. Se seus muros são baixos e sobre eles não há cercas elétricas e se os portões das garagens se abrem os carcereiros o intimam. O cidadão passou a ser individuo e os indivíduos passaram a serem cidadões. O “individuo” trabalha para ser assaltado criam seus filhos e os estudam para serem babas dos “cidadões” Se possível não pare, Cálice necessário, pois as conjunções do Eu suplantou o ego das grandes cidades, fez o neutro do homem de bem se unir ao ferro e alumínio do homem sem alma, fazendo da flor do seu campo a cor púrpura do sorriso sagaz do mal, e na folha de sua pele exala um perfume do medo, em cada gota de suor que desce em seu corpo um lamento isso é solidão das massas não fermentadas. É chegado o dia do desterro das massas, o tamanho do seu sucesso terá a durabilidade do seu descobrimento. Se não temer os desafios dos ventos o peito estará a mercês do jumbo alheio. O seu amor é um ato tão insano que nos faz chorar, matar e não gerar vida. Se ao lançar no rio a rede contra a correnteza, o pecador não tiver domínio e força na mão inverte-se a historia e ele vira comida de peixe, assim é o cidadão Caim o descontrole total sobre as emoções, segue seu destino de acordar finitamente e dormir eternamente.