Será que você está vivendo?

A preocupação é uma doença crônica que corrói os neurônios e deixa rastros de medo e de ansiedade impedindo, assim, o sucesso na vida. Jamais se preocupe. Afinal, com que nos preocupamos? Com o futuro? Com o que virá? Mas, o que virá, se ainda não se manifestou e sequer podemos afirmar se isto vai realmente acontecer? Compreendemos como a preocupação é uma perda de tempo e de energias que poderiam estar sendo empregados em coisas mais úteis. Com o passado que já se foi e não mais voltará? Acho que não vale a pena ter um cérebro inteligente e uma mente perfeita criados por Deus e desgastá-los com essa atividade imprestável que vem a ser a preocupação.

É claro que é-nos útil na medida em que nos auxilia a sair de uma situação indesejável ou para solucionar um problema que está nos incomodando. Mas para por aí. As medidas para essa solução precisam vir em seguida em forma de ação concreta e não de preocupação excessiva. Aí é que se encontra a diferença entre preocupar-se e agir de fato. Perdemos tempo demais com procrastinação, tempo que poderia ser utilizado em produção e criatividade. Adquiri, através do tempo e da experiência, a convicção de que nossa felicidade ou infelicidade estão diretamente ligadas ao fato de não nos deixarmos levar pelas preocupações ou permitirmos que elas tomem o controle de nossa vida. Não há nada mais importante para a verdadeira felicidade humana do que tomar a firme decisão de viver um dia a dia sem ser arrastado pelo devaneio mental, terrível consequência para quem tem o hábito de viver preocupado.

O bem estar constante, a energia física, a boa disposição para o trabalho, tudo isto está inteiramente disponível a quem vive o aqui e agora de sua vida, extraindo de cada minuto, de cada ação que empreende, o néctar da vida, o sabor e o colorido das cenas, dos objetos e das pessoas que circulam a nossa volta. Preocupar-se é deixar de viver, na medida em que deixamos escapar os detalhes que fazem do nosso dia um dia realmente pleno. Porque gastar energia com pensamentos aleatórios e improdutivos quando poderíamos estar vivendo de fato? Quem se preocupa não vive, mas dorme sobre os minutos que correm acelerados pela imposição da rotina intransponível. Não perceber o que se passa ao nosso redor, não ver nem reconhecer pessoas que cruzam conosco quase nos esbarrando são sinais de uma preocupação crônica que necessita ser eliminada de uma vez por todas para dar lugar a momentos de maior felicidade e paz de espírito.

No começo será necessário um esforço a fim de sintonizar a mente com as coisas boas que nos cercam no dia a dia. Mas vai valer a pena quando começar a perceber que se cansou menos, viveu mais intensamente e extraiu do dia as coisas que estão aí para nosso deleite, mas que deixamos escapar por causa do hábito nocivo de se preocupar. É uma questão de prática e treinamento até que tudo vai ficando mais fácil e costumeiro. Contudo, deve-se aliar a isto outros comportamentos saudáveis como uma boa alimentação, leituras que elevam a alma e outros comportamentos que não tragam preocupação. Tudo está interligado. Assim é com nossas atitudes e nossos hábitos. Espero que o que acaba de ler o faça refletir e mudar para melhor, pois é este o objetivo de nossas vidas. Boa sorte!

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 29/04/2015
Reeditado em 29/04/2015
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