Crônica de mim mesmo
O sonho? Morreu...
A vida? Continua!
Os valores? Tem preço.
Quanto? Uma dose de vodka e um chão de giz.
Pouco? Sim. Comparado ao sonho que morreu tudo é pouco.
Quase é nada. E "nada" é uma palavra esperando tradução...
Sempre em frente foi o conselho que ela me deu sem me avisar que iria ficar pra trás.
Gessingeriando sempre.
A realidade pode ser um conto, uma poesia, um louvor, mas para os românticos ela sempre será literatura.
Não me procure nas ruas, nos bares, nos prostíbulos, nas igrejas, nem mesmo nos becos e esquinas qualquer... Se quiser me encontrar tente numa página de Dostoiévski, de Machado de Assis, de Tolstoi, ou mesmo de Kundera, entre tantos outros mestres... Sou literatura, sou um pouco de cada palavra impressa num livro qualquer...
Sou as palavras que sempre quis dizer, mas incapaz de dizer, cedi aos mestres das palavras.
Sou literatura, sou uma história de amor qualquer.