P E R C E N T I L
Na época em que se discutia as indenizações e pensões aos que foram vítimas da ditadura militar, uma certa patota disseca esse tema. Esquerdistas festivos deitavam e rolavam faldno sobre seus dias díficies nos anos de chumbo, nem tanto pela perseguição propriamente dita, mas porque eram impedidos até de manifestar publicamente suas idéias e ideologia. Mas um deles, o mais festivo e o que consumia mais louras suadas e o paragiaio fantasiado de uísque, extrapova nas cabeludas, exaltando os seus feitos quando desafiou o regime autoritário e até fora cassado pelo 477, e que, por isso, iria recorrer à lei da anistia para receber a justa indenização e pensão de perseguido e vítima, embora tivesse do quer viver e beber muto bem.
Sobre esses deates h´´a um causo no mínimo hilário, mas verdadeiro. Num dia que o festivo estava muito exaltado e, desafinado, tinha até cantarrolado o "Caminhando" de Vandré, chegou um sujeito gozador, esqierdista mas exagero, seu forte era mesmo o humor. Pediu um aparte ao festivo que concedeu meio chateado, e o gozador então disse: "Bicho, se tem aqui quem foi persegudi de verdade pela ditadura - era mais novo que os demais - sou eu, que estou mesmo querendo recoorrer a uma indenização, eu fui cassado na ditadura pelo Percentil, mesmo em prova final tendo tirado 7 em matemática fui reprovado e obrigado a repetir o ano. Se vocês quiserem eu mostro o boletim que vou anexar à petição àcomissão de avasliação das indenizações ao perseguidos". As risadas comeram no centro. Mas o que ele dizia era mesmo verdade. Ele, alunos relapso, mas que deu uma estudada boa no fim de ano fora punido pelo percentil, uma norma obtuda que obrigava a numa turama reprovarem alguns alunos. Esse caso hilário foi mesmo o único verdadeiro na roda dos esquersitas festivos. O sujeito fora cassado pelo percentil, até hoje lembramos isso nos nossos papos de sábado.