Trabalho infantil é mesmo uma exploração, ou aproveitamento de mão-de-obra ociosa? Em 1960 eu tinha oito anos e já trabalhava. Não sobrava tempo para malandragem. Trabalhei na roça com meu pai e irmãos. Mais tarde, trabalhei no comércio do mano Diassis, também na Souza Cruz, e Banco do Brasil.
Meu pai contava com a força de trabalho dos filhos, e justificava-se “Trabalho de menino é pouco, mas quem perde ele é um louco".
Nunca me senti explorado. Nunca me senti um peso à sociedade.
Quando migrei para a zona urbana em 1963, trabalhei e estudei. Naquele momento, meu estudo dependeu do meu trabalho, para que mais tarde, meu trabalho dependesse de meu estudo.
Meu pai contava com a força de trabalho dos filhos, e justificava-se “Trabalho de menino é pouco, mas quem perde ele é um louco".
Nunca me senti explorado. Nunca me senti um peso à sociedade.
Quando migrei para a zona urbana em 1963, trabalhei e estudei. Naquele momento, meu estudo dependeu do meu trabalho, para que mais tarde, meu trabalho dependesse de meu estudo.
Vamos parar com essa história de exploração de mão-de-obra infantil! Tem criança fumando craque e cheirando cola, porque leva vida ociosa. Não estuda nem trabalha... É preciso fazer uma coisa ou a outra, as duas coisas juntas, ou pelo menos uma delas.
Comecei a trabalhar cedo, por isso, aposentei também cedo, disse certa vez um aposentado.
Tudo muito cedo... Mas, ninguém pergunta: Durante quantos anos você trabalhou? A resposta seria: mais de quarenta!...
Comecei a trabalhar cedo, por isso, aposentei também cedo, disse certa vez um aposentado.
Tudo muito cedo... Mas, ninguém pergunta: Durante quantos anos você trabalhou? A resposta seria: mais de quarenta!...