Já se perguntou o quanto você é, ou tem sido amorável ?
Num mundo como este em que estamos, onde a correria em busca do conforto, da satisfação pautada no ter, da preocupação com a estética do corpo, com o individualismo justificando egoísmo, essa palavra amorável, soa como algo completamente estranho, inacessível, fictício.
Você já parou pra pensar se é, ou se pelo menos teve muitos momentos em que se viu sendo uma pessoa amorável?
Ultimamente esse conceito tem visitado muito meus pensamentos, e pela primeira vez, tenho refletido em seu significado e no quanto sou, ou pelo menos gostaria de ser uma pessoa amorável. Tenho pensado nisso porque acho que estou realmente descobrindo o seu valor.
Tudo o que fizermos na vida, sem dúvida alguma só o faremos bem feito, se o fizermos com amor. Já se deu conta disso? Isso inclui desde a tarefa mais simples até a mais sofisticada, ou seja, a de nos amarmos incondicionalmente. Ou você achava que a mais sofisticada seria outra?
Quantas pessoas você ama? Não estou falando de seu companheiro, companheira, namorado, namorada, filho, filha, mãe, pai, sobrinhos... Não, estou falando do seu vizinho, do motorista do ônibus que você pega todas as manhãs para ir ao trabalho, do funcionário da padaria onde você compra o pão, do bombeiro do posto onde você abastece seu carro, do seu e da sua colega de trabalho, do seu chefe, do menino que limpa o para brisas do seu carro no sinal, do vendedor da loja onde você compra suas camisas, seu vestido... Enfim, de todos aqueles que você entende que não precisa ter vínculo, ter sentimento. Amar os nossos, é muito fácil, precisamos exercitar esse outro amor, o amor ao próximo. É, esse próximo que encontraremos ao virar a esquina, que bem pode ser apenas um mendigo precisando de nossa ajuda material, mas com certeza necessitado mais ainda de nosso olhar humano, de nossa sensibilidade, de nosso tempo, de nossa amorosidade.
Amorável, afetuoso, carinhoso. Temos sido tudo isso com todos? Às vezes, e na maioria das vezes, não estamos sendo nem mesmo com os “nossos”, quem dirá com o próximo.
Muitas vezes nos perguntamos por que estamos passando por essa, ou por aquela dificuldade. Muitas vezes culpamos o destino, a falta de sorte, as pessoas e até o sobrenatural. Em momento nenhum investimos na reflexão que nos permitirá chegar à conclusão, que com certeza temos nossa parcela de contribuição nisso, que nesse momento está a nos angustiar. Esse é um momento de falta de amor a nós mesmos. Seremos amoráveis com o outro, a partir do momento que aprendermos a ser amoráveis com nós mesmos. O amor gera perdão, gera empatia, gera humildade, gera solidariedade, gera felicidade. Exercitemos mais o amor, pois ele gera também força, perseverança, esperança, compreensão dos nossos limites, compreensão de que mais importante do que combater o mal é praticarmos o bem.
Amorável, amoroso, afetuoso, carinhoso. Jesus, exemplo vivo do amor. Ele é nosso exemplo. Paremos e reflitamos o quanto estamos sendo amoráveis.