Talvez seja solidão. Talvez.
Não sei se me importo demais ou se as outras pessoas se importam de menos, mas o fato é que todo esse turbilhão de sentimentos que me tomam, faz que meus dias sejam intensos, no sentido mais completo da palavra. Talvez isso seja viver. Talvez.
A verdade é que não sei como agir com tudo que está acontecendo à minha volta. Ontem, eu era apenas um garoto apaixonado que movia montanhas para estar com a amada. Hoje, me vejo só. Não digo isso me referindo apenas a relacionamentos. Sinto-me só, a todo tempo. Perdido, talvez.
Já experimentei me dedicar exclusivamente para uma pessoa, por um período longo e não me arrependo. Acredito que aquela era a minha melhor versão. Era. Já foi. Hoje, tento ser diferente. Tento não me importar tanto com determinada pessoa, mas, às vezes, é inevitável. Demonstro (ou tento), me importo com pequenos detalhes e muitas vezes, deixo de lado minhas coisas para estar com determinada pessoa. Mas isso não me faz bem. Pelo menos não tem feito ultimamente.
Tenho me tornado cada vez mais frio e essa minha versão me assusta. Mesmo com tanto a dizer, não consigo proferir praticamente nada do que gostaria, ou melhor, do que preciso. Sim, preciso! Porque o acúmulo de palavras não ditas está me sufocando, me matando por dentro. E esse acúmulo já é velho conhecido. Nunca fui bom em dizer o que eu sinto, ou melhor, já fui bom, muito bom, até me frustrar e me fechar totalmente.
Fico tentando – erroneamente – entender o que é o amor, por que o sentimos e como ele se “instala” em nós, ao invés de simplesmente senti-lo. Ah, eu o sinto, tão forte, mesmo apanhando quase que diariamente por isso. Mas meu erro – talvez o maior deles – seja exatamente tentar entendê-lo. Ou não, talvez o erro seja senti-lo demais, exageradamente. Isso por que, talvez, não obtenha retorno. Ah, talvez, talvez, talvez. Um emaranhado de “talvez” me cerca e, talvez, me faça todo esse mal que tenho sentido.