Sala de estar

Todos olhando para a TV e Paulo diz “convenção”. Sim, essa que acompanha muitas gerações e se ilustra em tudo que a TV transmite. Ou aquela “convenção republicana”, que antecedeu o primeiro golpe militar fundador da República brasileira, a 15 de novembro de 1889. Pois com a queda do regime monárquico, começamos a República sob o comando de marechais com dificuldades de conviver com o “Congresso Nacional”.

Nem precisamos dizer que o novo regime foi instaurado pelas classes altas do País. Isso é mais capitalista e mais velho que a política, por incrível que pareça. Na Convenção Republicana estavam, segundo a Wikipédia, 78 cafeicultores (Leia-se Aristocracia paulista) e 55 pessoas de outras profissões (Onde estavam a elite burguesa paulista e a coletividade filantrópica do Estado de São Paulo).

Todos queriam poder e aquele era o momento político dos 55 citados. Na reunião seguiram-se muitos minutos à disposição das decisões que rumariam ao País civil republicano. Tanto, que naquele evento estava quem viria ser o primeiro presidente civil da futura República do Brasil, o senhor Prudente de Morais.

Gostaria de ter lido a Ata da reunião. Talvez ela até esteja na casa onde, desde 1923, funciona o Museu Republicano de Itu ou Museu Republicano “Convenção de Itu” . Mas talvez eu não tenha dado a devida importância para a História escrita (Temática) do modo mais maduro, pois era mesmo um infante quando conheci o museu. E demorei, sendo morador daquela cidade, a entender a importância que aquela reunião tinha (e tem) na História do Brasil.

Vim me tocar mais tarde com o lembrar das sensações que a casa me provocava. Quem quiser, vá observar a sala que sediou a tal convenção republicana. Vá ao interior de São Paulo, conheça Itu, seu centro histórico e suas grandezas. Grande parte da elite continua ali. É onde estão belas casas e mansões em condomínios fechados de gente poderosa. Onde há uma quase cidade a cerca de 40 km da área central. É a terra onde fica o Parque do Varvito, um laboratório geológico a céu aberto. Itu é um passeio a se proporcionar.

Aproveite e converse com os leitores de jornal da praça e conheça um pouco mais da história local. No tempo que morei lá, tinha uma banca, na praça central, que era um negócio de sucesso. Hoje não sei, mas duvido que tenha mudado.

Bom...Já lembrei muita coisa e preciso voltar a ver a convenção social reportada pela TV. E Paulo que se dane com a pronuncia “convenção”, bem na hora do telejornal.