NEURÔNIOS NO TRAVESSEIRO

Sinto que terei “pouca bala na agulha” para o que me necessitas justo agora... Parece-me que sim. Efetivamente tenho a impressão de que nos deitamos no mesmo ninho volátil. À socapa, somente o corpo alevantou-se. Os neurônios ainda estão sobre ele, aninhados no travesseiro. No mistério dos sonhos, o espiritual derrama-se na recente memória – uma moldura rachada cujo espelho reflete indefinidas silhuetas. E de nada adianta limpar os óculos...

– Do livro POESIA DE ALCOVA, 2014/15.

http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5210863