A filosofia do amor

Todos falam (utopicamente) do verdadeiro amor... Será que ele existe? Não se sabe ao certo, mas existem sentimentos fortes, e isso com certeza é indiscutível. A filosofia (numa tradução livre significa “amor pelo saber” ou “amor pelo conhecimento”) é uma ciência que estuda as indagações da vida cotidiana e que originou muitas outras disciplinas, inclusive, pode-se dizer que ela fora a ciência que originou as ciências. Certo, isso não é uma aula de história, nem tampouco filosofia. Mas usemos então da filosofia: vamos analisar e não concluir, já que algo concluído é algo perfeito e perfeito (numa tradução livre também) significa “feito por inteiro” e, logo, algo feito por inteiro é inquestionável, o que opõe e muito ao “Q” filosófico.

Certo dia uma menina me questionou o fato de termos vários relacionamentos amorosos ao longo de nossas vidas e de nesses vários relacionamentos, referirmo-nos ao cônjuge como “amor” e afirmarmos ama-lo ou amá-la. A questão levantada era: Quando a relação acaba o amor acaba também? Ou o amor não existia? Diante disso me peguei pensando... O amor existe? Se existe o que o é? E como saber se ele é finito ou infinito? Até peguei-me comparando o afeto de familiares no qual dizemos amar a todo tempo, com o afeto criado, isso mesmo, criado com um cônjuge... E me foi dito que não se pode comparar um amor de pai ou mãe com o de uma namorada, porque são coisas diferentes... Logo, minha primeira descoberta foi que o amor não é consistente. É volátil... Flexível e outros adjetivos semelhantes. Bem, partindo dessa premissa, tal flexibilidade, unida à construção, me leva a crer que o amor é um conjunto de fatores, tais quais sentimentos, que agregam-se à vida alheia, enaltecendo o ser para com a relação, e vice-versa, uma vez que haja a reciprocidade. Do contrário, como já determina a contrariedade, ao invés de enaltecer, declinar-se-ia a relação.

Vamos dizer no popular: uma vez que a relação é construída, o amor também o é, e pode sim ser chamado de amor. Uma vez que a relação é terminada, o amor também o é terminado, por ambas as partes ou não. Agora: O amor de uma relação é maior que de outra? Talvez. Uma vez que a entrega/doação de ambos os que se relacionam seja equivalentemente aumentada, a tendência é que a coisa denominada “amor” seja maior que numa relação em que os que se relacionam se entreguem/doem menos. Pensando assim, até que não se é tão complexo. Mas por mais que a mãe das ciências nos dê a capacidade de análise, isso não é uma verdade, isso não é perfeito, isso não é feito por inteiro. Logo, é questionável, e muito questionável! E eu espero que seja. E eu quero que seja. É.

Eduardo Costa (Apresentador)
Enviado por Eduardo Costa (Apresentador) em 17/04/2015
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