O PUXA-SACO

Ninguém é mais ridículo do que o puxa-saco, também conhecido por baba-ovo, chaleira, corta-jaca... O puxa-saco, seja branco ou preto, rico ou pobre, educado ou ignorante, é incondundível, tem a marca registrada do servilismo. Podemos identificá-lo até em meio a uma multidão. É aquele que se rebaixa mais. Que advinha o minimo desejo dos poderosos. Por outro lado, ninguém é mais ingrato que ele. Assim que seu "senhor" perde o poder, ele passa, imediatamente, a bajular os novos poderosos. Define-o bem aquela anedota de que um sijeito foi à casa de um deputado e, sendo convidfado para almoçar, respondeu: "Eu já almocei, doutor, as se o senhor quiser eu almoço de novo".

O pior é que essa figura asquerosa, sinuosa, podre, sinistra e tgorpe, é colocada sempre em cargos altos, em detrimento de pessoas de real valore competência. O puxa-saco é sempre um incompetente, a única coisa que sabe fazer é bajular e fomentar intrigas. É o rei absoluto do fuxico. Um arqueteto do ódio e veradeiro Richelieu, jogando uns contra os outros, em benefíco próprio. É o pús da sociedade. A excrescência.

Não discorda nunca do chefe. E às vezes chega até a ajeitar namoros escusios para os "grandões". Se for preciso, compromete até familiares nessas transas, pois não conhece nenhuma limitação moral. No seu dicionário inexistem palavras como dignidade, decência, honestidade.

Mas existe um porém: ele vive sobressaltado, com medo da concorrência de algum colega. Nas eleições chega a ter chiliques, temeroso de ser passado para trás. Por isso, quando seus candidatos são derrotados, eles mudam logo de partido. O importante é estar de cima.

Gente, aliás, verme desse tipo deve ser desprezado por todo homem de bem. Uma sociedade que pretenda ser justa não pode dar espaço para quem faz carreira por intermérdio da subserviência, do servilismo, da renúncia ao caráter e à honra.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 17/04/2015
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