"NUNCA NA HISTÓRIA DESSE PAÍS"...A CORRUPÇÃO FOI ENFRENTADA!

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Como costuma dizer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “nunca na história desse país”, se viu tanta corrupção ser enfrentada com determinação e se prender tantos envolvidos por causa dela, como no Governo Dilma Rousseff. Mas uma andorinha só não faz verão! A Justiça continua mandando prender e soltar bandidos do colarinho branco, empresários, empreiteiros, executivos, políticos e ex-políticos que passam a fazer uso de tornozeleiras eletrônicas, mas com pouca eficiência, eficácia e controle. A presidente Dilma Rousseff aperta de um lado, cumprindo seu discurso de posse, de que mandaria apurar tudo, “doa a quem doer”. A polícia federal cumpre mandatos de prisão expedidos pelo juiz federal Aldo Moro, agora para apurar indícios de fraudes em outros contratos de publicidade firmados pela Caixa Econômica Federal e não mais diretamente envolvidos com o Escândalo de Corrupção na Petrobras.

Nesses contratos existe a suspeita de que um ex-deputado cassado por envolvimento no escândalo do Mensalão, estaria envolvido também nesse novo escândalo de corrupção. O Brasil vive em um regime democrático anárquico, onde todos mandam, poucos obedecem, ninguém se entende e, políticos sem ética, gananciosos, inescrupulosos transformam seus gabinetes na Câmara Federal em balcões de negócios para pagar despesas milionárias de campanha, mas também enriquecem da noite com o dinheiro público, ficando a sensação de que a queda de braço entre a ação do Governo Federal em mandar apurar, a Polícia Federal em investigar e a Justiça que manda prender e depois soltar, arrebentará para o lado do mais fraco: a sociedade.

Com os desdobramentos da décima primeira fase da operação lava jato, o juiz federal Aldo Moro, decretou a prisão de mais sete pessoas, incluindo três ex-deputados federais, Luiz Argôlo (SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-Pe), ex-deputado que já cumpre prisão pelo mensalão do PT no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho (PE), mas agora voltará ao regime fechado e André Vargas (sem partido) que, locupletados com empresários, mas sem envolvimento direto com o esquema de desvios na Petrobras, teriam desviado recursos de contratos publicitários da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. André Vargas, ex-deputado federal, pelo PT, foi preso em Londrina; Leon Vargas, irmão do ex-deputado paranaense preso em Londrina; Luiz Argôlo (SDD-BA), ex-deputado, preso em Salvador, em regime semiaberto; Élia Santos Hora, secretária de Argôlo, presa em Salvador; Ivan Mernon da Silva Torres, ex assessor de Pedro Corrêa, preso em Niterói e Ricardo Hoffmann.

De acordo com a polícia federal, a agência de publicidade dirigida por Ricardo Hoffmann era a contratada da Caixa e do Ministério da Saúde e subcontratava serviços de empresas inexistentes dirigidas por Leon e André Vargas, repassando 10% do contrato firmado com a empresa principal. Esse percentual era desviado dos cofres públicos, segundo garantiu o delegado federal Igor Romário de Paula. Tanto o Ministério da Saúde quanto a CEF disseram que colaborarão com todo o processo de investigação de um esquema que existia desde 2010 e se estendeu até 2014, mas ainda seria cedo para estimar os prejuízos causados, porque a Polícia e a Justiça Federal continuam investigando.

André Vargas estaria envolvido no desvio de 2,4 milhões de reais, recebidos do doleiro Alberto Youssef através da emissão de notas fraudulentas pela empresa IT7, que ainda possui contrato com diversos órgãos públicos, no valor de 50 milhões no ano de 2013. Dentre as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal para a prisão de André Vargas, está um pagamento de R$ 2,4 milhões feito por Youssef em dezembro de 2013. Para justificar o recebimento, teriam sido emitidas notas fraudulentas em nome da empresa IT7, que ainda possui contrato com diversos órgãos públicos, dentre eles a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 50 milhões no ano de 2013. Como seria de se esperar e sem qualquer surpresa, o advogado de defesa dos irmãos André e Leon Vargas disse que seus clientes são inocentes e que dará entrada no pedido de habeas corpus contra suas prisões, que ele diz desconhecer a motivação. Leon Vargas foi preso temporariamente por cinco dias, mas a prisão preventiva dos outros será por tempo indeterminado ou até que a Justiça os solte por falta por decurso de prazo ou os absolva por falta de provas. O estranho e surpreendente seria se o advogado de defesa dissesse que os dois políticos eram culpados. O advogado do ex-deputado, por sua vez, orientará seu cliente a entrar no programa de delação premiada em troca da possível redução da pena. Se ele fará isso, é porque Pedro Corrêa ainda tem muita coisa para jogar no ventilador da corrupção e envolver mais gente que se julgava acima de qualquer suspeita!

O Brasil vive um período de democracia anárquica com muitos mandando e o povo se ferrando por falta de justiça. Mas nunca aconteceu antes na história desse país, a prisão de tantos envolvidos em atos de corrupção de uma só fez, como no Governo atual. Contudo, uma andorinha só não faz verão e a sociedade civil organizada precisa apoiar a presidente Dilma Rousseff, que recebeu aceitou, e está enfrentando a corrupção em seu governo!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 12/04/2015
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