HISTÓRIA DE UMA VIAGEM A NATAL... (5)
Mesa farta, conversa boa, e Obery agradeceu a presença de todos. Em seguida, ele nos levou para conhecer o seu escritório, o seu lugar preferido da casa. Lá tudo está nos seus devidos lugares: contos, romances, crônicas, clássicos, épicos; os CDs, os DVDs, as relíquias, os presentes, os adornos, etc., todos em perfeita harmonia com o ambiente.
No local de trabalho (computador), alguns acessórios para ajudá-lo na sua construção diária: abajur, teclado maior, tela do computador com mais polegadas, fontes de tamanhos já programados para um redigir melhor.
Por fim, foi lá que Obery entregou, aos poetas Antonio Francisco e Mário Gérson, ao padre Guima e à escritora Ângela Rodrigues, as suas famosas pílulas da longevidade. Tudo registrado pelas lentes da câmera disparadas pelo filho Giovanni Rodrigues.
De volta à sala, o assunto se voltou para o cinema e os filmes que fizeram e marcaram várias gerações: Candelabro Italiano, As Sandálias do Pescador, Dio Comi Ti Amo, Zorba, o Grego, O Último Pôr do Sol, Crepúsculo das Águias, Os Canhões de Navarone, A Ponte do Rio Kwai, Casablanca... E fotos, muitas fotos.
A tarde já vinha caindo quando retornamos à realidade de nossos dias. O tempo passara e nós não havíamos notado. Estar em um ambiente agradável, no meio de gente inteligente, culta e educada não dá para perder tempo em ver o tempo passar. Ele simplesmente passa e pronto!
Era, infelizmente, hora da despedida. Depois de quase três horas de conversa, chegara o momento do “até outro dia”. Tiramos, antes, uma foto oficial do momento.
Depois, os cumprimentos de despedidas. Obery fez questão de descer e nos deixar no térreo. Despediu-se de nós na porta do elevador. Saímos dali, cada um de nós, como bem disse o padre Guima em sua crônica, “leves e felizes”, extasiados por uma tarde que já se tornara inesquecível e por momentos de puro deleite espiritual.
Enquanto o carro procurava o caminho da Livraria Nobel – na Salgado Filho (ao lado do Midway) –, Ângela retocava a maquiagem mais uma vez. Será que um cisco havia borrado a sombra dos seus olhos?
Lá na Nobel, Mário reencontrou vários autores amigos. Estavam lá, por exemplo, Marcos Medeiros – grande escritor norte-rio-grandense –, juntamente com vários escritores, poetas e poetisas presentes, sendo entrevistados pela equipe da livraria para o YouTube.
A demora foi pouca. Mossoró estava ainda distante de todos nós e a noite já se instalara na capital. Precisávamos voltar. Padre Guima e o poeta Antonio Francisco deixaram seus livros. Os amigos já haviam reclamado das ausências deles nas prateleiras da Nobel. Pois bem, agora eles estão lá. Vão e sirvam-se!
Na saída da livraria, uma grata surpresa: o imortal Manoel Onofre, da Academia Rio-Grandense de Letras, vinha chegando. Mário, muito amigo dele, foi o primeiro a abraçá-lo. Em seguida, todos nós. Tiramos uma foto para registrar o momento. Depois, despedidas de novo.
Finalmente, assim como partimos e chegamos, voltamos. No caminho que nos trazia para o “país de Mossoró”, uma parada técnica para abastecer o corpo – pois a alma, esta já estava alimentada por um bom tempo –, na cidade de Santa Maria, com sua reconhecida carne assada com macaxeira. Diria, sem querer parafrasear Antonio Francisco, que lá todos nós fomos “padres”. Em outras palavras, a carne voou rapidinho... E a macaxeira também!
Corpo abastecido, o que faltava era o complemento que a alma precisava: o agradecimento através da oração. Por sugestão do judeu mais católico do mundo (Mário Gérson), o padre Guima comandou o Terço da volta. No meio dele, um susto: um carro que vinha em sentido contrário adentrou a nossa faixa e, por pouco, não causa um grave acidente. Diria que o reflexo que tive foi proveniente de uma intuição de segundos atrás quando passei a observar o veículo, ainda um pouco distante, e vi que ele estava, à medida que se aproximava, “comendo” a faixa contrária a sua. Ângela vinha rezando e, no meio da frase de “Santa Maria” gritou e se engasgou, sendo a frase completada pelo judeu Mário Gérson. Depois do susto, o que ficou foi uma frase do padre Guima: “a oração tem poder”. Tem mesmo, padre. Foi ela, através dEle, que nos salvou.
Depois disso, somente piadas, risos, reflexões sobre o cotidiano, detalhes de nossa visita; enfim, as trivialidades de uma viagem inesquecível...
Chegada a Mossoró e a primeira pessoa a ser deixada em sua residência foi a escritora Ângela Gurgel. Afinal de contas, já passava das onze da noite e não fica bem uma dama ser deixada em sua residência por último. Afinal de contas, no carro, só iam cavalheiros das melhores estirpes.
Mário foi o segundo; padre Guima o terceiro. Antonio Francisco foi o quarto. Nessa hora, da meia-noite já passava um pouco e Antonio, ao descer, ainda foi contar mais uma piada. Fez bem. Relembrou-me de seus versos sobre a Lagoa do Mato, lugar onde nasceu, criou-se e vive até hoje.
E agradecer? Ah, ao Pai, em primeiro lugar; em segundo a Obery Rodrigues, por sua amizade e por nos dar a oportunidade de um dia feliz e longe das controvérsias; ao Mário, por sua disponibilidade e companheirismo – acredito que ele tenha aprendido muito com a sabedoria de Obery; ao poeta Antonio Francisco, por atender ao nosso chamamento. Não seria Antonio Francisco que se recusaria a conhecer quem lhe admira. Por isso, o meu apreço por este homem do povo; ao padre Guima, um homem santo, como diz o meu filho – a cada dia que passa mais eu lhe admiro e lhe amo; à minha querida amiga Ângela Gurgel, a lady das poetisas, obrigado por sua companhia, sua risada franca, seus arremates de improviso e sua generosidade para com todos nós.
Ah! Ia esquecendo: tudo isso sem hortelã...
Mesa farta, conversa boa, e Obery agradeceu a presença de todos. Em seguida, ele nos levou para conhecer o seu escritório, o seu lugar preferido da casa. Lá tudo está nos seus devidos lugares: contos, romances, crônicas, clássicos, épicos; os CDs, os DVDs, as relíquias, os presentes, os adornos, etc., todos em perfeita harmonia com o ambiente.
No local de trabalho (computador), alguns acessórios para ajudá-lo na sua construção diária: abajur, teclado maior, tela do computador com mais polegadas, fontes de tamanhos já programados para um redigir melhor.
Por fim, foi lá que Obery entregou, aos poetas Antonio Francisco e Mário Gérson, ao padre Guima e à escritora Ângela Rodrigues, as suas famosas pílulas da longevidade. Tudo registrado pelas lentes da câmera disparadas pelo filho Giovanni Rodrigues.
De volta à sala, o assunto se voltou para o cinema e os filmes que fizeram e marcaram várias gerações: Candelabro Italiano, As Sandálias do Pescador, Dio Comi Ti Amo, Zorba, o Grego, O Último Pôr do Sol, Crepúsculo das Águias, Os Canhões de Navarone, A Ponte do Rio Kwai, Casablanca... E fotos, muitas fotos.
A tarde já vinha caindo quando retornamos à realidade de nossos dias. O tempo passara e nós não havíamos notado. Estar em um ambiente agradável, no meio de gente inteligente, culta e educada não dá para perder tempo em ver o tempo passar. Ele simplesmente passa e pronto!
Era, infelizmente, hora da despedida. Depois de quase três horas de conversa, chegara o momento do “até outro dia”. Tiramos, antes, uma foto oficial do momento.
Depois, os cumprimentos de despedidas. Obery fez questão de descer e nos deixar no térreo. Despediu-se de nós na porta do elevador. Saímos dali, cada um de nós, como bem disse o padre Guima em sua crônica, “leves e felizes”, extasiados por uma tarde que já se tornara inesquecível e por momentos de puro deleite espiritual.
Enquanto o carro procurava o caminho da Livraria Nobel – na Salgado Filho (ao lado do Midway) –, Ângela retocava a maquiagem mais uma vez. Será que um cisco havia borrado a sombra dos seus olhos?
Lá na Nobel, Mário reencontrou vários autores amigos. Estavam lá, por exemplo, Marcos Medeiros – grande escritor norte-rio-grandense –, juntamente com vários escritores, poetas e poetisas presentes, sendo entrevistados pela equipe da livraria para o YouTube.
A demora foi pouca. Mossoró estava ainda distante de todos nós e a noite já se instalara na capital. Precisávamos voltar. Padre Guima e o poeta Antonio Francisco deixaram seus livros. Os amigos já haviam reclamado das ausências deles nas prateleiras da Nobel. Pois bem, agora eles estão lá. Vão e sirvam-se!
Na saída da livraria, uma grata surpresa: o imortal Manoel Onofre, da Academia Rio-Grandense de Letras, vinha chegando. Mário, muito amigo dele, foi o primeiro a abraçá-lo. Em seguida, todos nós. Tiramos uma foto para registrar o momento. Depois, despedidas de novo.
Finalmente, assim como partimos e chegamos, voltamos. No caminho que nos trazia para o “país de Mossoró”, uma parada técnica para abastecer o corpo – pois a alma, esta já estava alimentada por um bom tempo –, na cidade de Santa Maria, com sua reconhecida carne assada com macaxeira. Diria, sem querer parafrasear Antonio Francisco, que lá todos nós fomos “padres”. Em outras palavras, a carne voou rapidinho... E a macaxeira também!
Corpo abastecido, o que faltava era o complemento que a alma precisava: o agradecimento através da oração. Por sugestão do judeu mais católico do mundo (Mário Gérson), o padre Guima comandou o Terço da volta. No meio dele, um susto: um carro que vinha em sentido contrário adentrou a nossa faixa e, por pouco, não causa um grave acidente. Diria que o reflexo que tive foi proveniente de uma intuição de segundos atrás quando passei a observar o veículo, ainda um pouco distante, e vi que ele estava, à medida que se aproximava, “comendo” a faixa contrária a sua. Ângela vinha rezando e, no meio da frase de “Santa Maria” gritou e se engasgou, sendo a frase completada pelo judeu Mário Gérson. Depois do susto, o que ficou foi uma frase do padre Guima: “a oração tem poder”. Tem mesmo, padre. Foi ela, através dEle, que nos salvou.
Depois disso, somente piadas, risos, reflexões sobre o cotidiano, detalhes de nossa visita; enfim, as trivialidades de uma viagem inesquecível...
Chegada a Mossoró e a primeira pessoa a ser deixada em sua residência foi a escritora Ângela Gurgel. Afinal de contas, já passava das onze da noite e não fica bem uma dama ser deixada em sua residência por último. Afinal de contas, no carro, só iam cavalheiros das melhores estirpes.
Mário foi o segundo; padre Guima o terceiro. Antonio Francisco foi o quarto. Nessa hora, da meia-noite já passava um pouco e Antonio, ao descer, ainda foi contar mais uma piada. Fez bem. Relembrou-me de seus versos sobre a Lagoa do Mato, lugar onde nasceu, criou-se e vive até hoje.
E agradecer? Ah, ao Pai, em primeiro lugar; em segundo a Obery Rodrigues, por sua amizade e por nos dar a oportunidade de um dia feliz e longe das controvérsias; ao Mário, por sua disponibilidade e companheirismo – acredito que ele tenha aprendido muito com a sabedoria de Obery; ao poeta Antonio Francisco, por atender ao nosso chamamento. Não seria Antonio Francisco que se recusaria a conhecer quem lhe admira. Por isso, o meu apreço por este homem do povo; ao padre Guima, um homem santo, como diz o meu filho – a cada dia que passa mais eu lhe admiro e lhe amo; à minha querida amiga Ângela Gurgel, a lady das poetisas, obrigado por sua companhia, sua risada franca, seus arremates de improviso e sua generosidade para com todos nós.
Ah! Ia esquecendo: tudo isso sem hortelã...