CHEQUE SEM FUNDOS

Há quem seja submisso à opinião pública, valorizando, obdecendo e acreditando nela. Quem procede assim é bobo, mané, imbecil ao cubo. Adoro um desabafo do coronel Zé Abílio de Bom Conselho: "A opinião pública é um cheque sem fundos!". Ninguém erra mais que ela, nem é mais subservinte ao poder e aos prepotentes. É injusta, mesquinha, escrota e sem cartáter.

Ela é constituída pelas "manadas" de medíocres, incultos, novos-5ricos, aventureiros e alpinistas de todas as espécies, daquele tipo do anúncio de Gerso: "O importante é levar vantagem em tudo".

Foi a opinião pública que preferiu Barrabás a Cristo, que respaldou Mossolini, que endeusou Hitler, que apoiou a inquisição, que bateu palmas para a ditadura militar, que está edindo a sua volta. Foi a opinião pública que disse não ao desarmamento, que quer a pena de morte, fixar em 16 anos a maioridade penal e que marcha adoidada ao grito de ordinário, marche! dos fascistas de plantão.

Não sou contra a democracia, mas não curto a democracia de fachada. A democracia deve ser uma instituição imutável, um sistema democrático e justo, independente de quem esteja no poder, sem que a opinião pública possa mudar as regras democrárticas e nem revohar ckláusulas pétreas.

Vou fechar este desabafo dizendo que a opinião pública pode ser comparada a uma velha e decadente rameira, com uma única diferenaça, a rameira tem mais caráter. E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 11/04/2015
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