Essênios de Qumran e a Lei Viva

Boa tarde meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 que de vez em quando vem aqui tomar um café com este Bacamarte. Como passaram a Semana Santa? Eu passei muito bem. E, fazendo algumas leituras referentes à efeméride, cheguei ao assunto da crônica dessa sexta.

Sabiam que há teses afirmando que Jesus pode ter estudado os textos dos profetas judeus do Antigo Testamento com os ESSÊNIOS? E vocês sabem quem foram os essênios?

Bom, na dúvida, vou responder rapidamente as perguntas, começando pela última.

Os ESSÊNIOS eram uma das divisões político-religiosas dos judeus no tempo de Jesus, junto com os saduceus, os fariseus e os zelotes. Teriam situado-se principalmente na comunidade de Qumran, que localizava-se junto ao Mar Morto, na altura em que ficam as cidades de Jericó, Jerusalém e Belém, à leste das mesmas.

Tinham costumes mais puritanos que os demais, por isso formaram uma dissidência e se retiraram para Qumran lá pelo século II a.C., a fim de manter uma ortodoxia religiosa independente, onde o celibato era uma das regras de sua rígida disciplina, dentre outras.

Na década de 70 d.C, quando os romanos destruíram o Templo de Jerusalém e a cidade e conquistaram a Fortaleza de Massada, aproveitaram também para ir a Qumran e dizimar completamente a comunidade essênia, ocasionando o fim destes.

Isso tudo, claro, é fruto de muito debate acadêmico (inclusive o fato de Qumran ser uma comunidade essênia). Sintetizo aqui poucas coisas para situar quem não tinha lido nada sobre eles ainda (para aprofundarem-se, o Google velho de guerra está aí). O fato é que, em 1947, os Pergaminhos do Mar morto foram achados nas cavernas de Qumran.

E especula-se também o fato de JESUS ter estudado com os essênios. Nos evangelhos do Novo Testamento os essênios não são mencionados, bem como o que o Messias fez entre os 13 e os 30 anos.

Para abreviar a coisa, sito um parágrafo da revista Superinteressante que vai direto ao ponto: 'Em 1923, o húngaro Edmond Szekely obteve permissão para pesquisar os arquivos secretos do Vaticano. Estava à procura de livros que teriam influenciado São Francisco de Assis. Curioso e encantado, vagou pelos mais de 40 quilômetros de estantes com pergaminhos e papiros milenares. Viu evangelhos nunca publicados e manuscritos originais de muitos santos e apóstolos, condenados a permanecer escondidos para sempre. De todas essas raridades, uma obra em especial lhe chamou a atenção. Era o Evangelho Essênio da Paz. O livro teria sido escrito pelo apóstolo João e narrava passagens desconhecidas da vida de Jesus Cristo, apresentado ali como o principal líder de uma seita judaica até então pouco comentada – os essênios. Szekely não perdeu tempo. Traduziu o texto e o publicou em quatro volumes. Sentindo-se traída pelo pesquisador, a Igreja o excomungou" (http://super.abril.com.br/ciencia/doutrina-deserto-441536.shtml).

Nesse Evangelho Essênio da Paz, Jesus aparece dizendo: "Não busquei as leis em vossas escrituras, porque a lei é a vida, enquanto o escrito está morto. Em verdade vos digo que Moisés não recebeu de Deus suas leis por escrito, senão através da Palavra Viva. A Lei é a Palavra Viva do Deus Vivo. E onde quer que haja vida, está escrita a lei".

Escrevi essa crônica só para reproduzir a citação acima para vocês, pois a achei muito interessante e sugestiva para fins de estudo e a reflexão.

Abraço a todos.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Em 2015 talvez eu dê um jeito nisso... Mas acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013.)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 10/04/2015
Reeditado em 11/04/2015
Código do texto: T5202146
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