Gosto de pensar que é amor ao invés de se classificar os supremos sacrifícios que se faz nas convivências (e por elas) com alguma alcunha freudiana, sem necessariamente ser questão de sobrevivência. Amor às pessoas por terem carisma, por não terem; por serem espontâneas, introspectivas, trabalhadoras, divertidas, amargas, vingativas, etc. Desde que nos preservemos de suas eventuais maldades. É que a malícia; a maldade e suas decorrências devem ser devido a algo fora do seu controle e certamente do nosso. Aí entra o amor de Deus, supremo e absoluto, capaz de um dia explicar a razão de cada individualidade nefasta que faz do seu condutor a primeira das vitimas dessa infelicidade. O amor que ficou possível sentirmos e que mesmo em nós, limitados, é extremamente difícil de mensurar, haja vista nos grandes e conhecidos exemplos que acompanhamos de grandes altruístas desse mundo, este amor, pode ser praticado usando-se o veículo da educação e da civilidade, valores sociais imprescindíveis nas convivências. Em um grau mais pessoal e, portanto mais difícil esse amor pode ser praticado em casa e no trabalho com as pessoas que convivemos, contra toda impessoalidade e supostas exigências que a competitividade, a concorrência ou a vaidade possa levantar de barreiras contra ele. Entre tantos, há outro grau, o dos grandes sacrifícios (que podem não o ser para quem os fizer com o prazer de servir) das doações voluntárias em todas as ocasiões de abstenção de si, do seu bem estar, para que outra pessoa minore alguma condição sofrida de vida. Há quem faça desse despojamento uma vocação, mudando de pais, deixando os seus e transformando esse em seu modo de vida. ...E o cristão, mais conservador das doutrinas de sua religião têm o desafio de amar e reconhecer nestas pessoas, que ocasionalmente possam até serem ateus, um mérito que Jesus tem: o de amar indiscriminadamente, certamente porque ele conhece o que vai por dentro de cada um e sabe de suas potencialidades. Ter fé é sim, sentir a compulsão da entrega, da empatia, sem que isso afete o seu conforto espiritual. Ter fé é saber absorver e entender as pessoas sem que sua intervenção force qualquer mudança não permitida e não se entristecer por isso. Ter fé é não ser fanático de suas crenças, pois estes, jamais amariam como, contraditoriamente, apregoam que lhes é ensinado.