Escrever ou não Escrever?
A personagem do livro “Os Espiões”*¹ nos deixou esta questão acima. Ela isto fez quando argumenta que muitos metidos a “escreventes” deveriam deixar as folhas em branco e nada escreverem. Estariam assim fazendo um favor.
No grupo de leitores, então, alguns replicaram que achavam que estes “escreventes” deveriam escrever mesmo e guardar para si.
Não escrever ou se escrever ter a escrita em segredo.
Eis a questão!
“Transitoriando” entre Hamlet e “Os Espiões” se chega a uma decisão.
As opiniões e as inferências, quando o grupo se reúne são múltiplas e nem sempre dá tempo de expormos nosso parecer, ou as ideias não brotam na hora. Voltamos para casa e nossa mente começa a trabalhar, ruminar e digerir. Isto fica incomodando e aí tem-se que vomitar.
Eu opino, então, que todos devem ter sim o direito do exercício da escrita. Pois isto não é dom e nem por si só talento dado pelos deuses. A escrita é prática, habilidade, competência que se desenvolve com o fazer escrever e como resultado de leituras, uma consequência.
Portanto, vamos ler sim, debater também e se apossar do direito de escrever além. Publicar, talvez, porque no país isto ainda é uma vaidade e um luxo – apesar de a escrita estar se democratizando com os meios virtuais e tornando-se menos elitista.
Quantos escritores não foram abortados no seu nascedouro por uma crítica mal feita, mal dada e de forma maldosa feita mesmo com a intenção de frustrar.
Toda escrita será julgada pelo verdadeiro juiz, o tempo. Se for coisa boa, o tempo perpetuará; se, porém, coisa ruim, o tempo se encube de levar para o esquecimento. Até aquilo que é mal escrito tem sua função e valor, qual seja, serve de juízo para analisarmos o ruim, o relativo e o excelente.
Escrevamos sempre! Se formos meros escrevedores ou escritores nosso senhor, o tempo sentenciará.
Afinal, SER ou NÃO SER? Eis a terrível dúvida da humanidade.
Escrever é dar a cara à tapa, antes a caneta à palmatória! Que ninguém nos tire o exercício da expressão escrita e leia quem quiser! Até a garatuja tem função e importância.
Leonardo Lisbôa.
Barbacena, 13/04/2011
*¹Livro de autoria de Luís Fernando Veríssimo.
A personagem do livro “Os Espiões”*¹ nos deixou esta questão acima. Ela isto fez quando argumenta que muitos metidos a “escreventes” deveriam deixar as folhas em branco e nada escreverem. Estariam assim fazendo um favor.
No grupo de leitores, então, alguns replicaram que achavam que estes “escreventes” deveriam escrever mesmo e guardar para si.
Não escrever ou se escrever ter a escrita em segredo.
Eis a questão!
“Transitoriando” entre Hamlet e “Os Espiões” se chega a uma decisão.
As opiniões e as inferências, quando o grupo se reúne são múltiplas e nem sempre dá tempo de expormos nosso parecer, ou as ideias não brotam na hora. Voltamos para casa e nossa mente começa a trabalhar, ruminar e digerir. Isto fica incomodando e aí tem-se que vomitar.
Eu opino, então, que todos devem ter sim o direito do exercício da escrita. Pois isto não é dom e nem por si só talento dado pelos deuses. A escrita é prática, habilidade, competência que se desenvolve com o fazer escrever e como resultado de leituras, uma consequência.
Portanto, vamos ler sim, debater também e se apossar do direito de escrever além. Publicar, talvez, porque no país isto ainda é uma vaidade e um luxo – apesar de a escrita estar se democratizando com os meios virtuais e tornando-se menos elitista.
Quantos escritores não foram abortados no seu nascedouro por uma crítica mal feita, mal dada e de forma maldosa feita mesmo com a intenção de frustrar.
Toda escrita será julgada pelo verdadeiro juiz, o tempo. Se for coisa boa, o tempo perpetuará; se, porém, coisa ruim, o tempo se encube de levar para o esquecimento. Até aquilo que é mal escrito tem sua função e valor, qual seja, serve de juízo para analisarmos o ruim, o relativo e o excelente.
Escrevamos sempre! Se formos meros escrevedores ou escritores nosso senhor, o tempo sentenciará.
Afinal, SER ou NÃO SER? Eis a terrível dúvida da humanidade.
Escrever é dar a cara à tapa, antes a caneta à palmatória! Que ninguém nos tire o exercício da expressão escrita e leia quem quiser! Até a garatuja tem função e importância.
Leonardo Lisbôa.
Barbacena, 13/04/2011
*¹Livro de autoria de Luís Fernando Veríssimo.