Boa tarde, Evarixxxto
Já fiz uma crônica elogiando a beleza de dicção das jornalistas da TV Zileide Silva e Delis Ortiz. Crônica antiga, de março de 2010.
Hoje, pretendo elogiar outra jornalista, esta correspondente em Londres. Os amigos e amigas, claro, já desenvolveram simpatia e até mesmo uma certa paixão por atores ou atrizes de televisão. Algo perfeitamente natural, dado o convívio diário com os atores ou atrizes. O mesmo fenômeno se dá com as apresentadoras ou apresentadores de programas. Evidentemente, atraído que sempre fui pelo sexo oposto ao meu, não sou imune a simpatias e antipatias de pessoas do belo sexo, que surgem com frequência na tela da televisão.
No caso, falo de simpatia e até mesmo de uma certa ternura. Importante dizer, ternura respeitosa por essa jornalista de rosto angelical, com uma interpretação primorosa dos textos que lê . E o que mais me faz vibrar é o seu sotaque carioquês, que me deixa alegre o tempo todo em que ela fala. Interessante é que seu rostinho, vamos dizer logo, lindo, lindo, parece estar sempre sorrindo. Talvez a minha alegria e satisfação seja tão imensa que eu faça aí uma transferência como diria Freud. O sorriso é meu e não dela.
Estou me referindo a Cecília Malan. Alegra-me o dia vê-la na televisão. E quando ela não aparece, meu dia torna-se nublado. Posso tranquilamente confessar esta simpatia, uma vez que minha companheira compartilha desse mesmo entusiasmo e não fica com ciúmes.
Devo dizer que fiquei intranquilo quando a Cecília transmitiu da rua, e não do ambiente seguro do estúdio, em Paris, aquele horrível atentado dos terroristas aos jornalistas do jornal Charlie Hebdo. Bombas eram ouvidas e Cecília mostrou-se intranquila, o que perturbou um pouco a sua fala naquele dia. Uma fala deliciosa, calma, bonita e com aqueles xis voando por todos os lados e que me fazem delirar como se fossem gols da seleção brasileira.
Minha preocupação foi tão grande com o futuro da carioca, que poderia ser afastada da TV, que já havia decidido em fazer um abaixo-assinado furioso pela sua volta imediata, caso acontecesse alguma represália da direção da televisão, o que seria uma tremenda injustiça. Evidentemente, toda essa preocupação era infundada, levada pelo meu medo de perder a visão da linda e competente jornalista para sempre.
Felizmente, ela continua atuando, cada vez melhor, um colírio para meus olhos. Quando ela é acionada pelo apresentador Evaristo, ela já inicia “arrasando”, com seu sotaque: “Boa tarde, Evarixxxto”.