Língua Pátria
Língua Pátria! Que maneira fascinante de chamarmos o nosso Português. Será assim também lá em Portugal, em Angola, em Moçambique e outras plagas da lusofonia? O Lusineiro António, ou a bracarense Elvira, quiçá - se me lerem cá - poderiam lançar um
facho de luz sobre essa dúvida.
Vai ver que nem nos boletins escolares vem mais essa designação, pois a mudança é uma constante nas reformas de ensino - e até nos caos e casos em que não haja reforma alguma, a não ser do "marketing", para vender livros, projetos e mesmo políticas de ensino.
Vendáveis, ou vendavais, as denominações vêm e vão, mesmo que a essência, em meio à efervescência, só leve, de leve, um raspão. E no primário, a mesma Professora geralmente nos ensinava todo o conjunto de disciplinas, só nos cabendo recorrer à troca de caderno para irmos da Aritmética à História, da Geografia à Língua Pátria.
Só excepcionalmente é que pintava uma ou outra Mestra especializada na sala, pra desenhar mapas ou pra falar de assuntos celestiais. Em meio à Babel de hoje em dia, em que jargões televisivos, policiais, políticos e outros mais predominam, fica difícil estabelecer o que é Língua. Já o que é Pátria...