MACHADO E O LADRÃO

Está na moda bater no peito e se dizer honesto, esteio da honradez, bancar o Rosbiperre em compotas, o incorruptível de marré-deci. Tudo bem, essa indignação sazonal, acredito, é fruto da lavagem cerebral da mídia fascista e da cara de pau de muitos santinhos do pau ôco.

Vejam bem, sou defensor intransigente da honestidade. Mas acho que todos somos susceptíveis às fraquezas, a gente costuma, como ser humano, dar algumas farrapadas, às vezes até devido a amaizades, laços familiares e o escambal.

Falei de fraquezas, farrapadas, escapulidas, espéciee de pecados veniais. Mas o que não dá para aceitar é essa tara maldita da rática contumaz da corrupção, esse v´´icio repugnante, essa complsão maldita de ação desonesta. Há estudiosos quue falam qe o ladrão é gerado pelo meio, pela sociedade, pela ocasiã, pela necessidade momentânea e daí em diante perderia o controle, viciaria. Discordo, eu acho que o desonesto convicto e contumaz não é gerado pelo meio em que vive, ele é corrupto de berço.

Por isso concordo totalmente com Machado de Assis quando disse: "Não é a ocasião que faz o ladrão; o provérbio est´´a errado. A forma correta deve ser esta: a ocasião faz o furto: o ladrão já nasce feito". Estava corretíssimo o Bruxo de Cosme Velho. E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/04/2015
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