O MOÇO VELHO
Sou doido varrido por musica. Mas tem um porém: algumas das músicas que mais gosto não estouraram na mídia, hoje não tocam nem no rádio, salvo em alguns programas nostálgicos.
Rio muito - e não posso rir demais por causa da asma - quando alguém da minha geração diz que só gosto das músicas de protesto que cantávamos no tempo da ditadura. Que gosto delas é uma verdade, mas sou ligado em todo tipo de m´suica que mexe comigo, principalmente as românticas que reacendem dentro de mim antigos sentimentos...
Uma das musicas que mais gosto é "O MOÇO VELHO", de Sílvio César. Ela traduz um sentimento que me é muito caro: o docara que ja viveu muito, que já viveu tudo, que teve várias experiências, viu muitas coisas, inclusive foi vítima de dificuldades e perseguições, coisas dolorosas, mas que apesar disso ainda crê no amor. Um moço que é velho na idade mas um menino na esperança, um eterno aprendiz da felicidade, um amante dos ideias, um escravo do amor.
Quando ouço essa música sempre reflito sobre a minha vida. Sempre dou graças a Deus por ser um homem que ainda acredita no amor. Eu acho que quem não acredita no amor é alguém de mal com a vida, estressado, nervoso, pessimista, enraivecido, do contra, alguém que anão acredita nos milagres da vida pois não acredita no amor. E nem na espernaça o sonho do homem acordado. E quem é assim é perigoso.
Longe de mim censurar ninguém, mas gostaria que algumas pessoas que gosto muito e que andam meio jururu e pessimistas dessem uma ouvida nessa música de Sílvio César. Ela tem uma mensagem irresistível, é um hino de fé, esperanaça, uma prece de amor. Solta a voz Sílvio César: "Eu sou um livro aberto sem histórias..." E depois ouçam também dele Prá Você. E viva o amor.