UM POUCO MAIS DE INTELIGÊNCIA NÃO BASTA
Precisamos muito mais, muito mais e menos sentimento de vingança, digo isto sem nenhuma influência dos esquerdas, dos corações moles, dos direitos disto, dos direitos daquilo, somente sou movido pela inteligência, qualidade tão escassa.
Sempre que abrem a discussão sobre a idade penal, um dos fortes argumentos para limitá-la nos 16 anos é o desestimulo de emprego de adolescentes entre 16 e 18 anos no "mundo do crime", ora argumento fraco e nada inteligente, sigam-me, quem recruta não está nem ai, se os recrutas do crime são crianças ou adolescentes, se de 16 ou 17 anos.
Os encarregados dos departamentos de recrutamento de mão de obra para o crime continuarão de vento em popa, pois nenhuma das vinganças da sociedade direciona severidade nas penas impostas, quando há a participação de adolescente e ou crianças.
Outro ponto desinteligente é desconsiderar a implicação financeira da redução da tal idade penal, ou seja, a construção de estabelecimentos prisionais especiais para atender os criminosos de 16 aos 18 anos incompletos.
Na primeira metade da década passada um adolescente infrator custava aos cofres públicos em média R$ 4.500,00, enquanto um adolescente desvalido custava numa instituição educacional, similar ao Pão dos Pobres menos do valor de uma bolsa família, enquanto mais de 80% dos menores infratores permanecem no "mundo do crime" depois de 18 anos, nas instituições educacionais similar ao Pão dos Pobres somente 10% enveredam para a criminalidade.
Mais eficiente e inteligente seria modificar a legislação retirando as progressões de regime da condenações de adultos por crimes cometidos com a participação de menores de 18 anos. Claro que nem todos os fatos definidos como crimes são cometidos conjuntamente entre adultos e adolescentes, mas o argumento motivador da redução são os crimes em conjunto.
Adulto condenado por 10 anos, deveria cumprir os 10 anos em regime fechado, assim ele jamais recrutaria adolescentes ou crianças.
Pena, reagiram raivosamente, até xingando-me, mas nada adiantará, nem para a tese de lá, nem para a de cá e assim continuaremos poupando nossas inteligências!