LUZES DA RIBALTA

Desde os primórdios dos tempos o poder fascina, dide e atordoa os homens. Ele é a razão das lutas, das guerras, dos holocaustos, das revoluções. O virus do poder está inscrustrado na alma humana, aparecendeo sob mil disfarces. A sensação de mando, a constatação da impunidade, o livre arbítrio para fazer o que quiser (até mersmo para prasticar a corrupção), a submissão de todos às suas ordens, realiza qualquer ser humano que não possua sólida formação moral e humanística - e a imensa maioria não possui.

No entanto, a ambição pelo poder às vezes é justa e saudável. Sem ela o homem não teria progredido. Sem as disputas, competições, os desafios, a humanidade não estaria no estágio que se encontra hoje. Ocorre que, na luta pelo poder, alguns se embriagam pela glória e querem o poder absoluto, isto é, a ditadura. Eliminam todas e quaisquer regras ou normas democráticas qaue possam., através do veredito popular, arrancar-lhe o poder das mãos. Oprimido, o povo começa então a lutar para derrubar o governo. Essa luta de libertação não visa ao poder pelo poder, mas derrubar uma estrutura injusta. Penna é que, nã raras vezes, dentre os opeimidos existam líderes com tendências tão fascistas como as dos seus adversários. Daí que muitas vezes a derrubada de uma ditadura redunde no começo de outra.

As luzes da ribalta do poder são ofuscantes. Costumam cegar alguns dos seus atores. Mas elas tal e qual o poder não são eternas. Às vezes são até imaginárias. Por isso o poder, via Democracia, afigura-se-me como o ideal. Principalmente porque prevê a rotatividade entre os atores: uma hora o palhaço é o rei, outra hora o rei é o paalhaço. Por mais casuísmos que sejam inventados nos laboratórios dos metidos a ditadores, por mais obstáculos que sejam colocados contra a participação popular, o fato é que a Democracia consegue ser um poder justo, capaz de harmonizar a ambição do homem com o bem estar da sociedade, sem restrição à liberdade.

Seria bom que os ávidos pelo poder fossem pessoas preparadas tanto para exercêr-lo como para sair dele. Como o poder assemelha-se muito com uma ribalta, é preciso que os atores saibam descer das escadas quando for encerrado o ato do qual participam, pois se ficarem ofuscados pelas luzes podem levar um tombo...

No mais, é sempre bom ter em mente o que dizia Charles Colton sobre o tema: "O poder intoxica os melhores cõrações, como o álcool intoxica as melhores cabeças. Nenhum homem é sufixcientemente sensato ou bom para que lhe confiemos poderes ilimitados". E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 31/03/2015
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