Amor atual
Ah, o amor!
Esse algo indefinível que nos cerca...
Mas seria indefinível mesmo?
Ou simplesmente assim o definimos paradoxalmente para evita-lo?
O que se pretende hoje nos relacionamentos afetivos?
As pessoas querem liberdade... que liberdade seria essa?
Viver suas individualidades?
Como ter isso e um outro em sua vida?
“Ah, o outro que se adapte! ”
Aí estaríamos interferindo na liberdade do outro, na sua felicidade... se impomos algo, isso não é uma relação...
“Não precisa ter toda essa coisa de diálogo, tentar entender o ponto de vista do outro...
Vamos, com certeza, encontrar a ‘pessoa ideal’, perfeita, para qual seremos tudo e ela será nosso tudo e viveremos juntos o para sempre”...
REALLY?
OPS! Não! Essa pessoa não existe!
O que existe, se assim podemos dizer, é a pessoa certa, que vai nos aceitar e compreender nossas peculiaridades...
Porém, naquela idealização de uma relação perfeita vamos tornando as pessoas descartáveis...
Como se as pessoas fossem produtos:
-Esse é bom...
-Esse é ruim...
-Vou fazer um teste com esse...
Não foi legal? Joga fora! Arruma outro!
Objetificação das pessoas...
Hoje busca-se o prazer em detrimento de um aprofundamento sentimental...
O indivíduo busca essa pseudoliberdade e torna-se afetivamente anestesiado... Tudo é passageiro, relativo, líquido...
Bem-vindo aos tempos atuais!